quinta-feira, 28 de agosto de 2008

HISTÓRIA DO CALÇADO - TOMO III ( 1950 - 1960 )


Este período foi marcante, com toques de independência, emancipação e liberdade irrestrita. A partir de então nada seria com antes.
Alguns calçados tornaram-se tão notórios quanto seus usuários. Como teriam os mitos Marilyn Monroe, Sophia Loren, Elisabeth Taylor e Audrey Hepburn sobrevivido sem o revival do salto Louis XV? James Dean, em jeans e tênis; Elvis Presley e Marlon Brando com sua moto e suas botas pretas?
Uma época de luxo e elegância, baseada nos modelos excêntricos criados por Perugia e Roger Vivier, ladeados por Mademoiselle Chanel, em que saltos tão finos quanto agulhas, ricamente adornados, bordados em pedrarias, saltitavam nos palcos de um novo admirável mundo. O salto “stiletto” surgiu em 1963. Foi um fenômeno internacional. Legítimos suportes de sedução e pedestais de prazer.
Os idos de 60 marcaram o início de uma grande democratização nos costumes e na moda.
Em 1964, as botas brancas de Courrèges, com sua visão futurista, de estilo intergaláctico e o fascínio pelos novos materiais sintéticos adentraram a época com desenhos geométricos, em texturas e cores contrastantes. Calçados coordenados às meias-calças lisas, estampadas, evidenciando uma moda audaciosa e os calçados como resultado final dessa ousadia.
No final dos anos 60, as botas e os calçados eram extremamente femininos. Somente nos anos 70, o estilo unissex explodiria com todo seu potencial de pseudo-igualdade e ambigüidade dos sexos. O plástico, o vinil e o metal destacavam-se como materiais nobres.

Final da década de 60. Começo da maior recessão econômica mundial. Contestação. Viagens. Romantismo. Folclore. Pilares mestres de um novo tempo quanto à estética do quotidiano.

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