quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SÓ UMA QUESTÃO DE TOQUE


A sensibilidade táctil do pé pode ser invariavelmente maior do que qualquer outra parte do corpo, incluindo as pontas dos dedos.
Qualquer ação de movimento para ficarmos de pé ou caminhar, envolve contato sensorial com o solo. Mesmo quando uma pessoa está sentada, o pé, instintivamente, está mantendo contato com gestos involuntários, como a explorar uma sensação táctil.
A natureza equipou a sola e as pontas dos dedos dos pés, da mesma forma que as patas dos animais, com uma abundância de pontos sensoriais – milhares de terminações nervosas sensíveis, por polegada quadrada – mais densas do que qualquer outra encontrada no corpo humano. Estas áreas sensoriais têm uma capacidade táctil incomum.

Se, você, por exemplo, pendurar-se em uma barra, como os pés balançando no ar, sentirá uma espécie de vulnerabilidade uma vez que perdendo, temporariamente, o contato vital pédico com o solo, você fica “fora de alcance” com o mundo real. Você sente- se mais do que imobilizado. Você se dá conta, repentinamente, da grande dependência deste contato de solo como um canal vital de comunicação entre o mundo real, seu corpo e seu cérebro.

O mesmo acontecerá quando no elevador. Você se sentirá seguro e protegido com os seus pés no chão e o peso de seu corpo plantado firmemente sobre eles. Porém ao descer rapidamente pelo elevador, o peso é “tirado” dos seus pés e você sente “algo estranho”. Este feeling acontece devido à perda do contato do solo, sua âncora de segurança.
Observe o gato, por exemplo, ao cair de uma determinada altura sempre cairá sobre suas patas. E isto acontece com muitos insetos. Seus sentidos tácteis em seus pés são tão vitais, que o simples contato do pé ao solo é prova fidedigna de seu “retorno à realidade”. O gato cai sobre suas patas, porque durante sua queda a ausência de sensibilidade táctil em suas patas, desencadeia, automaticamente, uma ação reflexa, ou seja, a tão chamada postura de vôo, que assegura uma “aterrissagem” perfeita em suas quatro patas.

Os pés dos cegos são ferramentas extremamente vibratórias importantes para seus sentidos de meio ambiente e direção e de sua estabilidade. Como podem andar no escuro sem nada para agarrarem-se ou tocarem-se com suas mãos? Repentinamente você se torna muito mais consciente de sua capacidade táctil bem como da importância das suas solas e dedos dos pés. A bailarina profissional ou o bebê, ensaiando seus primeiros passos, dependem profundamente de sua capacidade plantar sensorial.

Não é por nada que o toque é o mais antigo de todos os sentidos, conhecido como “a mãe de todos os sentidos”. É o primeiro sentido desenvolvido pelo embrião, e, supõe-se que todos os outros não passam de simples variações do sentido básico do toque.
De natureza plácida e efetiva. Sinalizando e expressando o que as palavras nem sequer podem anunciar. Característica indelével e atuante nos conscientizando da verdadeira e real condição de nosso corpo, nossos músculos, nossas tensões do dia a dia... Num simples toque.
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

TRÈS CHIC !


Chique é a arte de expressar elegância, beleza e estilo pessoal, despojada de qualquer indumentária ou fator externo, com estilo e simplicidade.
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ELEGÂNCIA


Elegância

Delicadeza intrínseca expressa em gestos corteses

Sóbria naturalidade

Repousa o espírito

Acalma o corpo


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domingo, 21 de setembro de 2008

MODA


".. A autoridade da moda é tão absoluta, que nos obriga a ser ridículos sob pena de assim parecermos..."
Moda
A arte de combinar os materiais e as linhas, numa lógica específica, numa roupagem nova e ousada.

A moda é do momento. As modas contemporâneas podem fazer alusão ao remoto, mas implica sempre o aqui e agora; a apreensão de um momento fugaz e sua fixação na memória. Absorve e assimila o que ocorre à sua volta.

O corpo, por sua vez, tornou-se o local do consumo conspícuo da nova moda. Portanto, um passo em falso no enfoque da moda poderá ser uma gafe estética, social e moral.

Moda não tem nada a ver com estilo. Estilo você tem ou não tem.

Mas, chic mesmo é exercer a arte do bom tom exacerbadamente, de uma maneira sóbria e despojada de qualquer indumentária ou fator externo, com estilo e simplicidade.
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BE YOURSELF !



Sua aparência, como você se sente e quão eficiente será seu comportamento e sua vida futuramente, dependerá principalmente de você e nada mais.
Mas, a menos que você esteja ciente destes fatos e tenha um senso de participação ativo e de responsabilidade, você não terá suficiente energia motivadora para colocar em prática todas as informações captadas até os dias de hoje.
De acordo com a nova psicologia, todos se baseiam numa premissa fundamental: que as pessoas têm uma habilidade inerente de criar suas próprias vidas de dentro para fora, uma vez que, elas, única e exclusivamente elas, são conscientes do seu potencial e da força de ação do mesmo.
O que faz algumas pessoas sobressaírem-se às outras? Parecerem mais felizes, mais inteligentes, mais saudáveis? Quantos de nós seremos capazes de exercer nosso potencial como seres humanos plenos e completos e livres suficientes para exercer este potencial?
A tendência do ser humano é preencher suas potencialidades plenas tais como criatividade, coragem, amor, caridade, felicidade, afeição, proteção e respeito próprio e, obviamente pessoas em cuja personalidade evidencia tendências auto - realizadoras altamente desenvolvidas, tem diversas coisas em comum.
E estas são as pessoas mais saudáveis e felizes, social, mental e fisicamente e tendem a ter piques apoteóticos de momentos de grande felicidade e êxtase – nos quais, os conflitos do dia a dia, da vida, estão, pelo menos, temporariamente, transcendidos ou resolvidos.
Estes sentimentos nos dão um “feeling” de que vale a pena viver, apaixonar-se, gerar, criar uma obra de arte, ou simplesmente perceber o mundo como um ser unificado, onde as dicotomias usuais entre egoísmo e desprendimento parecem desaparecer.
Estas pessoas parecem ter outras características em comum, também: simplicidade, integridade, verdade, honestidade, singularidade, inteireza e perfeição. De fato, estes mesmos valores podem esperar do ser humano “universal” direcionado como um alvo místico de posse e realização, quando nivelado só comparado ao divino.
As pessoas têm uma habilidade inerente de criar suas próprias vidas de dentro para fora, uma vez que, elas, única e exclusivamente elas, são conscientes do seu potencial e da força de ação do mesmo.
Descobrindo nossas potencialidades internas e únicas descobrimos nossa própria potencialidade, natureza e valores. Só nos resta colocá-las em prática.
Uma pessoa em sua total potencialidade é sem sombra de dúvida, mais radiante e mais viva do que qualquer outra. É alguém capaz de acessar suas forças físicas e mentais e viabilizar sua ação amplamente. Alguém com um ponto de vista incondicional e que ao mesmo tempo aceita, espontaneamente a si próprio e aos outros.
Para ser e ser mais, você tem que ser autêntica – ser você mesmo!
Você certamente será mais interessante, cheia de vida e atraente do que qualquer pessoa que possa fingir a ser.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O ESTILISTA E O PÉ EROTIZADO

Os sapatos não foram criados para satisfazer a excentricidade do estilista, mas, para serem vendidos.
E para tanto precisam conter uma linguagem sensualmente comunicativa e expressá-la à altura do desejo de consumo de cada indivíduo.
Esta é exatamente a maneira como os consumidores querem os sapatos. Excêntricos, atípicos, bizarros, satisfazendo um apetite insaciável em resposta ao belo em ensaios podoeróticos afrodisíacos.
Os estilistas jamais poderão decretar uma moda ou forçar o público a comprar algo contra sua vontade. Os estilistas criam ou inovam muito pouco.
Sua função básica é simplesmente refletir as mudanças do modus vivendi da sociedade contemporânea. Uma nova lufada de ar a cada guinada da estação, uma vez que a espécie humana não pode manter o mesmo humor e “feelings” por muito tempo.
Razão pela qual prevalecem os renomados ciclos de moda.
E, como dizia Jean Cocteau: “A arte produz coisas feias as quais freqüentemente tornam-se belas com o tempo
Os estilistas da moda do vestuário têm todo um corpo para trabalhar, podendo alterar a moda periodicamente a partir de uma ênfase maior em determinada parte do corpo, mas os estilistas de sapatos estão restritos a uma única e restrita zona - o pé. Sua arte é mantê-lo vivaz e interessante aos olhos do conspícuo comprador, satisfazendo seu indômito fascínio pela arte em couro em movimento.
Há um misterioso tipo de fenômeno biológico e social que causa periodicamente uma guinada considerável na moda de nossas roupas e calçado.
A cada década há uma abrupta mudança na temperatura da libido da sociedade, causando desta maneira uma mudança radical nos pontos focais da moda, onde tais temperaturas, quente e fria, alternam-se com surpreendente regularidade.

PODEMOS DIZER QUE OS ESTILISTAS DE MODA SÃO OS PROFETAS SOCIAIS DO TEMPO E SEU SUCESSO DEPENDE DA SUA HABILIDADE EM SENTIR AS MUDANÇAS DA TURBULÊNCIA DA LIBIDO E AS SUAS SENSUAIS CORRENTES DE AR.

Estas variações determinam amplamente os estilos de sapatos a serem usados.
Os países latinos e as nações da América Central e Sul evidenciam um caráter exótico, uma sensualidade aberta tanto no estilo quanto na maneira como são usados tais sapatos: coloridos e dramáticos.
Refletem pessoas de temperamento quente, vibrante, emotivas e de aguçado padrão estético. Os países latinos têm sempre enfatizado o “machismo” inerente à cultura masculina e à sensualidade feminina. Não é mera coincidência que grande parte da contribuição criativa de estilo seja importada da Itália, Espanha e de outros países calientes. Estas pessoas têm, sem sombra de dúvida, sua libido associada aos sapatos.
As culturas “frias”’ dos Britânicos, Alemães, Russos e países Escandinavos têm seus estilos comparativamente sem brilho, estéreis, sem imaginação, refletindo um temperamento mais reservado e definitivamente evidenciando um grau de inibição emocional num nível superior.
Na América do Norte, em se constituindo de uma população poliglota, tipicamente cosmopolita com uma mistura de várias culturas, os grupos étnicos, amplos e influenciáveis mantêm suas preferências de estilo, enquanto que os americanos mais anglicanos continuam a manter suas tendências para os estilos clássicos e tradicionais.

A maioria dos estilistas são homens. Definitivamente não é porque homens têm maior talento criativo, mas devido à tradição, e também ao fato de que o homem, tipicamente heterossexual tem um desejo inato de vestir e despir a mulher da cabeça aos pés.

A MAIORIA DOS ESTILISTAS DESENVOLVE A ARTE DE DESENHAR E SELECIONAR ROUPAS E SAPATOS PARA QUE AS MULHERES OS VISTAM E DISPAM PARA SUA PRÓPRIA SATISFAÇÃO.

O estilismo de sapatos é um fenômeno esotérico e excêntrico. É uma forma de arte especializada, mas que tem que lidar com a realidade comercial, aliando beleza e originalidade incorporada às características de apelo sensual.

PORTANTO, O ESTILISTA DE SAPATOS NÃO É UM MERO ARTISTA, MAS, UM ESPECIALISTA EM ARTE PODOERÓTICA POR EXCELÊNCIA.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BELEZA



“O QUE É BELO É BOM E O QUE É BOM LOGO SERÁ BELO” (Safo)

A beleza é capaz de instigar uma derrocada de emoções, mas, o prazer advindo dela será sempre único.
O nosso corpo responde a ela visceralmente e os nomes que a ela atribuímos são sinônimos de cataclismos físicos.
A beleza está unicamente no olho do expectador. Está momentaneamente na mente. Seu traço indelével e perfeito, como um retrato, mas imortal na carne.
Toda a honra e reverência às mais diversas formas de belezas.
Que a cultivemos dentro e fora de nossos limites, afinal, a beleza será sempre fundamental, mas que amemos também outro tipo de beleza - a que não está em nenhum critério de proporção, mas, no segredo da profunda simpatia humana.
Os deuses também são vaidosos. As imagens nas igrejas, nos museus que o digam.
Apreciamos os santos, as estátuas e poderemos perceber quanta beleza existe na arte, seja sacra ou profana. A diferença é só uma questão de credo, cultura e identificação, estabelecendo um padrão, uma filosofia, uma religião.
Michelangelo insistia que nunca estabelecia uma imagem a ser esculpida no mármore frio. Ao contrário, ele usava seus instrumentos para extrair as partes dispensáveis de um bloco de pedra, revelando assim, a beleza escondida no âmago da mesma.
Assim deveríamos nós usar toda nossa capacidade em detrimento de nosso próprio crescimento, desabrochar e nos tornarmos essencialmente o que somos. Não uma perfeição estática, mas, um processo vivo, não importando idade, função ou tempo. Plena criatividade expressando, administrando ou simplesmente desenvolvendo a arte de ser, e, principalmente, o que você realmente é - e isto é inevitavelmente maior e mais compensador do que apenas existir.

BELEZA - Cultive-a dentro e fora dos teus limites, conscientes do potencial e da força da ação da mesma.
Belo é estar bem com tudo a sua volta. O mundo gira. Dá voltas. Você também!
Entre em sintonia com as pequenas causas, pois assim, as grandes serão alcançadas, pois não podemos esperar pela beleza, mas, trazê-la à tona.


E, como dizia KeatsA BELEZA É VERDADE E A VERDADE É BELEZA"
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

O SAPATO ATRAVÉS DO TEMPO




foto: Sandália Fibra de casca de artemísia, caverna Fort Rock, região central do estado de Oregon, 8,5 mil a.c.


O homem tem estado usando sapatos por milhares de anos, mas, quem criou o primeiro sapato ou qual ato criativo que o originou, perdeu-se no tempo.
Sem dúvida, nossos ancestrais tiravam proveito dos elementos naturais da melhor maneira possível para protegerem seus pés de temperaturas extremas, usando casacas de árvores, folhas, gramas e peles de animais.
Durante a era romana, os sapatos já eram considerados muito mais do que um mero objeto funcional: os poetas os enalteciam em prosa e verso; tesouro dos amantes, tão acalentados quanto suas mechas de cabelos.
Acredita-se que, as sandálias, foi o sapato básico das civilizações antigas como o Egito, Grécia e Roma, sendo o calçado dominante nas regiões quentes da África, Ásia e América, por séculos. Eram feitas sob medida, com solado firme e com cabedal mínimopara que o ar circulasse livremente.
No século 20, as sandálias foram recriadas na Europa e na América do Norte, como elemento de moda. Feitas rusticamente e com características básicas para proteção, com elementos encontrados abundantemente na natureza: papiro e folhas de palmeira no Egito antigo, madeira na Índia, palha de arroz na China e no Japão; o sisal da América do Sul e Iúca no Sudeste dos Estados Unidos.
Com o advento do automóvel, em muitos países, a borracha de pneus velhos foi reutilizada e reciclada como solas para sandálias.
Com certeza, as maravilhas do século XX incluem o avião, a televisão, o computador – o salto Anabela, e o salto Luís XV (stiletto).
No início do século XX, as mulheres usavam vestidos longos. De fato, o primeiro desfile de sapatos nos Estados Unidos, em 1915, provocou escândalo, uma vez que mostrava os tornozelos e as pernas das mulheres. Nos anais da história, o século XX, poderá ser lembrado como a época demarcadora do início da arte de desenhar sapatos. Pela primeira vez, nos registros da história da moda, desenhistas de sapatos começaram a influenciar a moda e nomes envolvidos de glamour, como Salvatore Ferragamo, André Perugia e Roger Vivier, tornaram-se familiares em círculos sociais das estrelas de cinema. É difícil generalizar a moda do sapato do século 20 e 21 – às vezes, deveras elegante ou simplesmente “bizarra”. Tanto, que o estilista italiano Ferragamo, inventor do salto Anabela em 1936, estilo este que se tornou muito popular, desenvolveu mais de 20.000 modelos de sapatos, com 350 patentes registradas.
Sapatos, temas de lendas. Desde as Sagradas Escrituras até as Mitologias Seculares. E, através de tempos imemoráveis, têm sido um componente central para estórias de fadas e de folclore.
Refletem uma história social. Registro pessoal de nossas vidas – Monumentos estes que ecoam um tempo, um lugar, uma emoção, preservando o passado e desencadeando lembranças vívidas, vividas e revividas ao fragor do tempo e da saudade.
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Você sabia que...

* As medidas do pé foram originadas com o Rei da Inglaterra Edward II (1284 – 1327), cujo pé media 36 grãos de cevada em comprimento. Cada grão equivalia a 1/3 de uma polegada (0, 848 cm), acrescida até 12 polegadas, ou um pé (30 481 cm);

* O zíper foi usado, pela primeira vez, em 1893, muitos anos antes de ser usado na confecção de roupas;

* Nos primórdios do século XVII, os viajantes nobres, usavam sapatos com saltos ocos nos quais escondiam seus objetos de valor;

* Em 1839, Charles Goodyear descobriu, por acidente, o processo de vulcanização da borracha. Como resultado, a indústria da borracha floresceu, mas, seu inventor morreu pobre.

* Da pele da vaca, de porte médio, podemos extrair 18 bolas de futebol, 144 bolas de beisebol ou 15 a 17 pares de sapatos masculinos
( All about Shoes -by BATA Shoe Organization)

domingo, 14 de setembro de 2008


SHOES ARE SUCH A PERSONAL ARTIFACT. TEY TELL YOU ABOUT THE OWNER’S SOCIAL STATUTS, HABITS, CULTURE AND RELIGION. THAT’S WHAT MAKES THEM SPECIAL.

“SONJA BATA.

sábado, 13 de setembro de 2008

SÃO CRISPIN E CRISPIANO - PADROEIROS DOS SAPATEIROS


Dois irmãos nobres, romanos e gêmeos Crispin e Crispiano – tentaram escapar à perseguição religiosa em Roma mudando-se para a França, onde trabalhavam como sapateiros até quando foram executados pelo governador territorial por difundirem o Cristianismo.
A tradição diz que eles eram estudiosos da doutrina cristã. Quando foram presos e levados à presença de Rictiovarus, que detestava os cristãos, deixaram Rictiovarus tão nervoso com sua argumentação sólida e perfeita sobre Jesus, que Rictiovarus cometeu suicídio.
O co-imperador Maximiano (286-305) furioso ordenou a morte imediata de Crispin por decapitação , em Soissons, França, em 286 DC.
Eles são os padroeiros dos fabricantes de sapatos e dos sapateiros e foram muito populares na Idade Média.
Na tradição da Igreja inglesa é dito que eles viveram por algum tempo em Faversham, Kent, Inglaterra.
Na arte litúrgica, eles são mostrados segurando sapatos ou ferramentas de sapateiro.

Pelo menos, esta é uma das versões da lenda. Apesar de Crispin não ter sido oficialmente santificado pela Igreja Católica Romana, tem sido popularmente considerado o santo dos sapateiros por séculos.
Portanto, o dia dos sapateiros era uma vez celebrado, na Europa, no dia 25 de Outubro.
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

PERNA PINTADA




Quando as meias de nylon surgiram nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, foi uma sensação imediata.
As mulheres aderiram imediatamente as meias de nylon porque eram tão bonitas quanto as meias de seda, mais baratas e duráveis, além de serem tão finas, que davam a sensação de não as usarem.
Contudo a demanda desvairada do material durante tal período foi tal que dificilmente o material seria suficiente para prover e cobrir milhares de pernas afoitas ao prazer deste novo sortilégio.
As mulheres encorajaram-se a usar meias soquetes (até o tornozelo), mas o estilo nunca se tornou popular. Em desespero, algumas mulheres desprovidas de tal fetiche aplicavam make-up às suas pernas tentando simular o produto real e, inclusive, acrescentando lápis de sobrancelha para criar o efeito da costura traseira da meia.
A mais vulgar aplicação do nylon resultou nas charmosas meias de vidro, um dos símbolos do glamour da época, perdurando até os dias de hoje.
As meias de vidro foram lançadas em 1938, na Feira Mundial de Nova Iorque, com um grande sucesso.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial o nylon teve uma larga utilização no fabrico de pára-quedas, pneus, tendas, cordas, impermeáveis, o que fez praticamente desaparecer a produção de meias.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, as meias de nylon foram mundialmente difundidas, e tornaram-se uma peça comum em todos os guarda-roupas.
Nos anos sessenta com a introdução da mini-saia de Mary Quant e a criação dos collants, o nylon teve uma expansão sem precedentes.
E tudo isso se tornou possível graças ao americano W.H.Carothers que, em 1935, criou uma fibra sintética, na empresa americana da DuPont, a qual deu o nome de Nylon.

A origem do nome é ambígua, mas é mais comumente aceita, que a palavra deriva da junção de NY (Nova Iorque, em inglês) e LON (Londres), as duas cidades onde o nylon foi inicialmente fabricado.
O nylon foi a primeira de todas as fibras sintéticas, feita a partir do petróleo, gás natural, ar e água, através de complexos processos industriais. "A nova fibra era forte como o aço e delicada como uma teia de aranha", diziam os fabricantes, utilizando-o amplamente na confecção de escovas de dente, cordas, artigos moldados e vestuário.
Embora tenha todas estas aplicações, o nylon é conhecido pelo seu uso no campo dos tecidos.
Em 1927, Carothers foi convidado pela DuPont para desenvolver um novo material sintético que pudesse ser fabricado em quantidade, tivesse a leveza da seda e altamente resistente. Obteve resultados notáveis.
Em 1935, o nylon foi sintetizado e patenteado, e, em 1937, o Neoprene, produtos estes que viriam a revolucionar a indústria e de inusitada utilidade comercial.
A fibra de nylon foi introduzida primeiramente ao público na feira dos mundos de New York em 1939. Em 1940, o nylon foi usado pela primeira vez para a confecção das meias de nylon.
As meias de nylon tornaram-se escassas durante a Segunda Guerra Mundial uma vez que todo o nylon disponível era utilizado em detrimento da guerra, na confecção de pára-quedas, etc.
A produção das meias de nylon passou a se desenvolver mais profiquamente no final da Segunda Guerra Mundial.
E, desde então, virou febre nacional e internacional nos quatro cantos do mundo e no imaginário real de todas as mulheres femininas singulares, cuja arte da elegância primam em exercer à altura dos seus saltos altos e de preferência em meias de seda, com risca preta...S`Il vous plaît...
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MENOS É MAIS




Glamour.
Encanto pessoal. Magnetismo incondicional. Atemporal. Qual impressão digital.
Substantivo feminino singular.
Saudosa elegância dos anos 60. Tailleur. Colares de pérolas.


Uma viagem ao tempo em que os cavalheiros usavam chapéu e as senhoras não dispensavam as luvas e as meias de seda.
Onde o imaginário da sensualidade confundia-se com o cheiro a charuto e o roçagar dos vestidos em sutis tecidos e diáfanas cores.
Onde estão as Audrey Hepburn(s), Grace Kelly(s), Jackie-O(s), Lady Di(s)?
Efêmeros dias de esplendor esmaecidos ao peso dos jeans, T-shirts, tênis, havaianas. Moletons. Trainings. Barrigas à mostra. Caras e bocas.
Tendências buliçosas quais cigarras desvairadas em estações outonais. Expressando-se como embaçadas e duvidosas desculpas em nome do conforto, praticidade cujo desbotado despojamento e porque não um escrachado relaxamento na sua mais acintosa significação.
Lamento e choro a perda do garbo fundamentalmente baseado em gestos, comportamento e atitudes, ordinariamente permeado por excessos e empolações onde o “ menos é mais” ,pura funcionalidade da simplicidade, já não se faz prática comum, pecando pelo excesso.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O HÁBITO FAZ O MONGE?



Sua aparência. Como você se sente e quão eficiente será seu comportamento e sua vida futuramente dependerá, principalmente, de você e nada mais.
Mas, a menos que você esteja ciente destes fatos e tenha um senso de participação ativo e de responsabilidade, você não terá suficiente energia motivadora para colocar em prática todas as informações captadas até os dias de hoje.
Moda, tendências, perfume, roupas, adereços. Podemos amprimorá-los, mas, mantendo sempre, inalterável, o nosso estilo pessoal, aproveitando os aspectos inovadores da moda, combinando habilmente os materiais e as linhas, sem uma lógica específica, numa roupagem nova.
A moda ajuda a esclarecer o que achamos belo, mas, é diferente da beleza em si.
As mudanças sísmicas na moda, embora causadoras de impacto, têm pouco a ver com a beleza.
A moda é uma forma de arte, um sinalizador de status e uma demonstração de atitude, ajudando-nos a negociar nossas relações com o mundo externo e proporcionando-nos conforto e proteção, atuando como extensões visuais de nossa pessoa, refletindo também nossos desejos de maneiras complexas, absorvendo e assimilando o que ocorre à nossa volta.
A maneira como nos expressamos e carregamos nosso estilo, é uma marca indelével e uma característica inata a cada um, exercida plenamente pelo livre arbítrio da originalidade, latente nos genes de cada ser e potencializadas a partir da necessidade de expressão desencadeada pelo nosso próprio personagem. Personagem este em constante movimento e crescimento em concatenação à sua expressão maior em função do todo.
"...o hábito não faz o monge,mas, fá-lo parecer de longe..."
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE




Você se diferencia dos animais quando estiver apto a apoiar-se em seus próprios pés.
Raramente apreciamos quão absolutamente válido isto significa.
Às vezes, nem o fato de nos equilibramos em nossos próprios pés não é o bastante para tal.
O que é vital é um passo largo, pleno e gracioso – uma idéia de locomoção completamente nova; característica esta das mais significantes, diferenciando o homem dos primatas.
O homem é a única criatura em toda a natureza capaz de caminhar ereto sobre seus dois pés com tal graça e pose que sua maneira de caminhar passa a ser um ponto focal de atração e sensualidade.
A habilidade única do caminhar ereto dos homens pode ser sem sombra de dúvida, o fenômeno mais importante em toda a história da evolução devido às enormes e estupendas mudanças que trouxe à espécie humana e para o mundo: O passo humano e a postura do corpo ereto.
O caminhar humano, juntamente com a postura do corpo ereto, estabeleceu um novo tipo de dinâmica do corpo em natureza, plenamente exercida pelo homem, especialmente pela mulher, genuinamente um ser de beleza em movimento; mais maravilhoso em termos de estética e engenharia do corpo do que um pássaro em pleno vôo ou uma gazela correndo livre e solta.
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IMAGEM



A imagem é o meio de comunicação mais rápido e direto entre as pessoas.
A impressão provocada num primeiro encontro dificilmente é esquecida.
O hábito não faz o monge, certamente, mas, transmite ao mundo a qualidade do fervor religioso àquele indivíduo.
A boa aparência não depende exclusivamente de beleza nem juventude, mas, o resultado de certas características íntimas que o ser humano elege para salientar em seu semblante o que lhe passa na alma e o que lhe foi conferido pelas experiências vividas.
Quantas vezes julgamos uma pessoa bela que, quando analisada friamente à luz das proporções, não o seria, mas, cuja personalidade se exterioriza iluminando suas feições e anulando o sentido puramente estético e formal.
A busca da perfeita harmonia entre o corpo e o espírito é eterna. Esta meta, nem sempre é atingível, levando - nos a percorrer os mais diversos caminhos. Quando alcançada ela nos torna mais ativos, felizes, conscientes de nossa força e conseqüentemente mais úteis ao nosso grupo.
Os deuses também são vaidosos. Observe as imagens nas igrejas, nos museus.
Aprecie os santos e as estátuas e perceba quanta beleza existe na arte, sacra ou profana, pois a diferença é uma questão de credo, cultura e identificação, que estabelece um padrão, uma filosofia, uma religião.
Estar bem com você é estar bem com tudo à sua volta. O mundo gira. Dá voltas. Você também!Entre em sintonia com as pequenas causas, pois assim, as grandes serão alcançadas.
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VAIDADE


Vaidade não é pecado.

Ela assemelha-se muito com o amor-próprio, se é que não é o mesmo e, se é paixão diversa sempre é certo que, ou a vaidade procede do amor-próprio ou este é efeito da própria vaidade. (Matias Aires).

Associada muitas vezes à arrogância, a vaidade excessiva é destrutiva por não deixar espaço para o outro, para a diferença.

Quando despojada de seu efeito negativo, no entanto, ela é construtiva, incentivando o homem na busca pelo aperfeiçoamento.Contudo, ela reflete-se indelevelmente na aparência como um conjunto de códigos visuais determinado por fatores culturais.

Uma linguagem não verbal, identificando diversos grupos sociais.

Vaidade, uma ilusão momentânea, camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão interior. No entanto, instrumento vão de erótica persuasão. E, mesmo que não digamos nada, nossa vaidade, aliada à nossa roupa conversa espalhafatosamente com todos que nos vêem.

Vestir o que todos usam não é uma panacéia para o caos coletivo, não mais do que seria dizer o que todo mundo está dizendo. Podemos mentir (em nome da vaidade) na linguagem das roupas ou tentar dizer a verdade, mas, a menos que estejamos nus ou sejamos carecas, é impossível ficar calado.

“Só os superficiais nos julgam pelas aparências"(Oscar Wilde)
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ESTILO, MODA E BELEZA

(Antonia Mayrink Veiga)


“O que é belo é bom e o que é bom logo será belo”, disse Safo.
“A beleza é verdade, e a verdade é beleza”, disse Keats.

A moda é uma forma de arte, um sinalizador de status e uma demonstração de atitude.É o nosso ponto de referência com o mundo externo e nos proporciona conforto e proteção.
É passageira, e, portanto, efêmera.
MODA é diferente de estilo. Estilo você tem.
Podemos modificá-la, aprimorá-la, mas, mantendo sempre, inalterável, nosso estilo pessoal.O aspecto inovativo da moda está na habilidade de combinar os materiais e as linhas, sem uma lógica específica, numa roupagem nova e ousada.A moda é do momento. As modas contemporâneas podem fazer alusões ao remoto, mas implica sempre o aqui e o agora, a apreensão de um momento fugaz e sua fixação na memória. Absorve e assimila o que ocorre à sua volta. A menos que estejamos nus e carecas é impossível não expressarmos nosso indelével toque pessoal.O corpo se tornou o local do consumo conspícuo da nova moda. Portanto, um passo em falso no enfoque da moda pode ser uma gafe estética social e moral.
O excesso é supérfluo. O sóbrio é natural. Repousa o espírito e o corpo.
CHIQUE é a arte de exercer estas três modalidades, despojada de qualquer indumentária ou fator externo com estilo e simplicidade.
ELEGÂNCIA é a maneira como nos expressamos, como carregamos nosso estilo, revelando ou camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão e comunicação. Instrumento de erótica persuasão com um toque de classe, requinte e elegância num estilo único.
A moda pode ajudar a esclarecer o que achamos belo, mas, é totalmente diferente da beleza em si. As mudanças sísmicas na moda, embora impactantes, tem pouco a ver com o belo.
A beleza está unicamente no olho do observador, é construída pela cultura ou conformada a partir de preferência idiossincrática.
Beleza é a soma de tudo isso. Está momentaneamente na mente. Seu traço, indelével e perfeito como de um retrato, mas, imortal na carne.
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