sexta-feira, 12 de setembro de 2008

PERNA PINTADA




Quando as meias de nylon surgiram nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, foi uma sensação imediata.
As mulheres aderiram imediatamente as meias de nylon porque eram tão bonitas quanto as meias de seda, mais baratas e duráveis, além de serem tão finas, que davam a sensação de não as usarem.
Contudo a demanda desvairada do material durante tal período foi tal que dificilmente o material seria suficiente para prover e cobrir milhares de pernas afoitas ao prazer deste novo sortilégio.
As mulheres encorajaram-se a usar meias soquetes (até o tornozelo), mas o estilo nunca se tornou popular. Em desespero, algumas mulheres desprovidas de tal fetiche aplicavam make-up às suas pernas tentando simular o produto real e, inclusive, acrescentando lápis de sobrancelha para criar o efeito da costura traseira da meia.
A mais vulgar aplicação do nylon resultou nas charmosas meias de vidro, um dos símbolos do glamour da época, perdurando até os dias de hoje.
As meias de vidro foram lançadas em 1938, na Feira Mundial de Nova Iorque, com um grande sucesso.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial o nylon teve uma larga utilização no fabrico de pára-quedas, pneus, tendas, cordas, impermeáveis, o que fez praticamente desaparecer a produção de meias.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, as meias de nylon foram mundialmente difundidas, e tornaram-se uma peça comum em todos os guarda-roupas.
Nos anos sessenta com a introdução da mini-saia de Mary Quant e a criação dos collants, o nylon teve uma expansão sem precedentes.
E tudo isso se tornou possível graças ao americano W.H.Carothers que, em 1935, criou uma fibra sintética, na empresa americana da DuPont, a qual deu o nome de Nylon.

A origem do nome é ambígua, mas é mais comumente aceita, que a palavra deriva da junção de NY (Nova Iorque, em inglês) e LON (Londres), as duas cidades onde o nylon foi inicialmente fabricado.
O nylon foi a primeira de todas as fibras sintéticas, feita a partir do petróleo, gás natural, ar e água, através de complexos processos industriais. "A nova fibra era forte como o aço e delicada como uma teia de aranha", diziam os fabricantes, utilizando-o amplamente na confecção de escovas de dente, cordas, artigos moldados e vestuário.
Embora tenha todas estas aplicações, o nylon é conhecido pelo seu uso no campo dos tecidos.
Em 1927, Carothers foi convidado pela DuPont para desenvolver um novo material sintético que pudesse ser fabricado em quantidade, tivesse a leveza da seda e altamente resistente. Obteve resultados notáveis.
Em 1935, o nylon foi sintetizado e patenteado, e, em 1937, o Neoprene, produtos estes que viriam a revolucionar a indústria e de inusitada utilidade comercial.
A fibra de nylon foi introduzida primeiramente ao público na feira dos mundos de New York em 1939. Em 1940, o nylon foi usado pela primeira vez para a confecção das meias de nylon.
As meias de nylon tornaram-se escassas durante a Segunda Guerra Mundial uma vez que todo o nylon disponível era utilizado em detrimento da guerra, na confecção de pára-quedas, etc.
A produção das meias de nylon passou a se desenvolver mais profiquamente no final da Segunda Guerra Mundial.
E, desde então, virou febre nacional e internacional nos quatro cantos do mundo e no imaginário real de todas as mulheres femininas singulares, cuja arte da elegância primam em exercer à altura dos seus saltos altos e de preferência em meias de seda, com risca preta...S`Il vous plaît...
jbp©
MENOS É MAIS




Glamour.
Encanto pessoal. Magnetismo incondicional. Atemporal. Qual impressão digital.
Substantivo feminino singular.
Saudosa elegância dos anos 60. Tailleur. Colares de pérolas.


Uma viagem ao tempo em que os cavalheiros usavam chapéu e as senhoras não dispensavam as luvas e as meias de seda.
Onde o imaginário da sensualidade confundia-se com o cheiro a charuto e o roçagar dos vestidos em sutis tecidos e diáfanas cores.
Onde estão as Audrey Hepburn(s), Grace Kelly(s), Jackie-O(s), Lady Di(s)?
Efêmeros dias de esplendor esmaecidos ao peso dos jeans, T-shirts, tênis, havaianas. Moletons. Trainings. Barrigas à mostra. Caras e bocas.
Tendências buliçosas quais cigarras desvairadas em estações outonais. Expressando-se como embaçadas e duvidosas desculpas em nome do conforto, praticidade cujo desbotado despojamento e porque não um escrachado relaxamento na sua mais acintosa significação.
Lamento e choro a perda do garbo fundamentalmente baseado em gestos, comportamento e atitudes, ordinariamente permeado por excessos e empolações onde o “ menos é mais” ,pura funcionalidade da simplicidade, já não se faz prática comum, pecando pelo excesso.
jbp©