segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE




Você se diferencia dos animais quando estiver apto a apoiar-se em seus próprios pés.
Raramente apreciamos quão absolutamente válido isto significa.
Às vezes, nem o fato de nos equilibramos em nossos próprios pés não é o bastante para tal.
O que é vital é um passo largo, pleno e gracioso – uma idéia de locomoção completamente nova; característica esta das mais significantes, diferenciando o homem dos primatas.
O homem é a única criatura em toda a natureza capaz de caminhar ereto sobre seus dois pés com tal graça e pose que sua maneira de caminhar passa a ser um ponto focal de atração e sensualidade.
A habilidade única do caminhar ereto dos homens pode ser sem sombra de dúvida, o fenômeno mais importante em toda a história da evolução devido às enormes e estupendas mudanças que trouxe à espécie humana e para o mundo: O passo humano e a postura do corpo ereto.
O caminhar humano, juntamente com a postura do corpo ereto, estabeleceu um novo tipo de dinâmica do corpo em natureza, plenamente exercida pelo homem, especialmente pela mulher, genuinamente um ser de beleza em movimento; mais maravilhoso em termos de estética e engenharia do corpo do que um pássaro em pleno vôo ou uma gazela correndo livre e solta.
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IMAGEM



A imagem é o meio de comunicação mais rápido e direto entre as pessoas.
A impressão provocada num primeiro encontro dificilmente é esquecida.
O hábito não faz o monge, certamente, mas, transmite ao mundo a qualidade do fervor religioso àquele indivíduo.
A boa aparência não depende exclusivamente de beleza nem juventude, mas, o resultado de certas características íntimas que o ser humano elege para salientar em seu semblante o que lhe passa na alma e o que lhe foi conferido pelas experiências vividas.
Quantas vezes julgamos uma pessoa bela que, quando analisada friamente à luz das proporções, não o seria, mas, cuja personalidade se exterioriza iluminando suas feições e anulando o sentido puramente estético e formal.
A busca da perfeita harmonia entre o corpo e o espírito é eterna. Esta meta, nem sempre é atingível, levando - nos a percorrer os mais diversos caminhos. Quando alcançada ela nos torna mais ativos, felizes, conscientes de nossa força e conseqüentemente mais úteis ao nosso grupo.
Os deuses também são vaidosos. Observe as imagens nas igrejas, nos museus.
Aprecie os santos e as estátuas e perceba quanta beleza existe na arte, sacra ou profana, pois a diferença é uma questão de credo, cultura e identificação, que estabelece um padrão, uma filosofia, uma religião.
Estar bem com você é estar bem com tudo à sua volta. O mundo gira. Dá voltas. Você também!Entre em sintonia com as pequenas causas, pois assim, as grandes serão alcançadas.
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VAIDADE


Vaidade não é pecado.

Ela assemelha-se muito com o amor-próprio, se é que não é o mesmo e, se é paixão diversa sempre é certo que, ou a vaidade procede do amor-próprio ou este é efeito da própria vaidade. (Matias Aires).

Associada muitas vezes à arrogância, a vaidade excessiva é destrutiva por não deixar espaço para o outro, para a diferença.

Quando despojada de seu efeito negativo, no entanto, ela é construtiva, incentivando o homem na busca pelo aperfeiçoamento.Contudo, ela reflete-se indelevelmente na aparência como um conjunto de códigos visuais determinado por fatores culturais.

Uma linguagem não verbal, identificando diversos grupos sociais.

Vaidade, uma ilusão momentânea, camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão interior. No entanto, instrumento vão de erótica persuasão. E, mesmo que não digamos nada, nossa vaidade, aliada à nossa roupa conversa espalhafatosamente com todos que nos vêem.

Vestir o que todos usam não é uma panacéia para o caos coletivo, não mais do que seria dizer o que todo mundo está dizendo. Podemos mentir (em nome da vaidade) na linguagem das roupas ou tentar dizer a verdade, mas, a menos que estejamos nus ou sejamos carecas, é impossível ficar calado.

“Só os superficiais nos julgam pelas aparências"(Oscar Wilde)
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ESTILO, MODA E BELEZA

(Antonia Mayrink Veiga)


“O que é belo é bom e o que é bom logo será belo”, disse Safo.
“A beleza é verdade, e a verdade é beleza”, disse Keats.

A moda é uma forma de arte, um sinalizador de status e uma demonstração de atitude.É o nosso ponto de referência com o mundo externo e nos proporciona conforto e proteção.
É passageira, e, portanto, efêmera.
MODA é diferente de estilo. Estilo você tem.
Podemos modificá-la, aprimorá-la, mas, mantendo sempre, inalterável, nosso estilo pessoal.O aspecto inovativo da moda está na habilidade de combinar os materiais e as linhas, sem uma lógica específica, numa roupagem nova e ousada.A moda é do momento. As modas contemporâneas podem fazer alusões ao remoto, mas implica sempre o aqui e o agora, a apreensão de um momento fugaz e sua fixação na memória. Absorve e assimila o que ocorre à sua volta. A menos que estejamos nus e carecas é impossível não expressarmos nosso indelével toque pessoal.O corpo se tornou o local do consumo conspícuo da nova moda. Portanto, um passo em falso no enfoque da moda pode ser uma gafe estética social e moral.
O excesso é supérfluo. O sóbrio é natural. Repousa o espírito e o corpo.
CHIQUE é a arte de exercer estas três modalidades, despojada de qualquer indumentária ou fator externo com estilo e simplicidade.
ELEGÂNCIA é a maneira como nos expressamos, como carregamos nosso estilo, revelando ou camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão e comunicação. Instrumento de erótica persuasão com um toque de classe, requinte e elegância num estilo único.
A moda pode ajudar a esclarecer o que achamos belo, mas, é totalmente diferente da beleza em si. As mudanças sísmicas na moda, embora impactantes, tem pouco a ver com o belo.
A beleza está unicamente no olho do observador, é construída pela cultura ou conformada a partir de preferência idiossincrática.
Beleza é a soma de tudo isso. Está momentaneamente na mente. Seu traço, indelével e perfeito como de um retrato, mas, imortal na carne.
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