domingo, 31 de agosto de 2008

SÍNDROME DE CINDERELA


Pés pequenos e delicados... Sonho de consumo em todos os tempos. Tanto que algumas mulheres compram seus sapatos de dois a três números inferiores ao tamanho ideal apesar das conseqüências do desconforto e deformação do pé.
Paradoxo. Quanto menor e mais apertado o sapato maior o fator emocional para realçar seu “
sex appeal”.
Nem Cinderela tampouco as mulheres atuais dão a mínima para a dor em detrimento de um “look” perfeito. Obviamente elas estão mais interessadas num resultado final do que conforto.

ANATOMIA DO PÉ
O pé humano é uma obra-prima da arte de engenharia, já declarava Leonardo da Vinci. O pé contém 26 ossos cobertos por 19 músculos da perna ligados ao pé. O pé possui quatro arcos, 107 ligamentos, uma infinita combinação de vasos sangüíneos e nervos, centenas de milhares de glândulas sudoríparas e poros. Ao longo da vida este mesmo pé flexionará, alongará e contrairá cerca de 300 milhões de vezes e, ainda assim, permanecerá funcionalmente intacto.

PÉ ÚNICO
Não há um único pé para duas pessoas e nem mesmo os pés de uma pessoa são precisamente iguais. Inclusive um dos nossos pés é sempre maior do que o outro O mesmo pode-se dizer das solas dos pés. São indelevemente únicas e permanecem assim durante toda uma vida e podem até ser usadas como impressões digitais para fins de identificação.

OS 14 PONTOS CHAVES PARA UM CALCE PERFEITO

1. Comprimento de ponta a ponta – É o ponto mais óbvio. Não se habitue a testar o pé pela ponta do “dedão” e assumir que este é o ponto mais longo. Não é. Vinte por cento das pessoas tem o segundo dedo do pé mais longo e, cinco por cento, o terceiro dedo do pé. Sempre teste o calce com o cliente de pé. Ao apoiar-se no chão, o pé distende-se de ¼ a ¾ de polegada. Conceda um espaço de pelo menos 3/8 de uma polegada a mais ao dedo mais comprido do pé.
2. Comprimento até o “dedinho” do pé – Toque a ponta do “dedinho”. Se não puder tocá-la isto indicará um sapato demasiadamente curto ou estreito.
3. Do salto até a junta interna do pé – Se não for apuradamente observado o sapato não flexionará adequadamente ou o dedo levantará durante o uso.
4. Do salto até a junta externa do pé – Este local é raramente testado. Este ponto do pé deverá conformar-se à forma ou o sapato não flexionará.
5. Cubóide – Nome dado à base do quinto osso metatársico. Não deverá ter nenhuma pressão sobre o mesmo o que poderá causar deformidade e desconforto.
6. Largura da “bola” do pé – Sempre com o cliente de pé porque a largura da “bola” do pé expande-se de ¼ a 5/8 de polegadas com o peso do corpo. Lembre-se sempre que, no decorrer do dia o pé expande-se cerca de cinco por cento em volume, principalmente em dias quentes e úmidos.
7. Largura do salto – Dentre as mais variadas formas e tamanhos exigem um contraforte firme, mas flexível sem causar desconforto.
8. Gáspea - Não deverá formar pregas ou dobras excessivas.
9. “Boca” do sapato – É a área ao redor da parte superior do sapato. O calce deve ser exato sem ser excessivamente apertado ou demasiadamente frouxo.
10. Arco do pé – O calce deve acomodar o pé embaixo e na parte lateral do arco, não dando chance à dobras ou pregas.
11. Parte traseira do salto – Não deverá “morder” o tendão do calcanhar.
12. Bordas superiores – Deverão amoldar-se ao pé. Bordas soltas podem ser causadas por pés excessivamente inclinados para fora ou ainda por um salto demasiadamente largo ou um calce extremamente estreito.
13. Borda traseira da gáspea – Se estiverem excessivamente apertadas, poderão causar uma severa “mordida” no pé. Para um calce perfeito e extremo conforto esta área deverá acomodar a pontinha de um lápis.
14. Passo – Deverá equilibrar-se adequadamente sob a “bola” do pé e do salto. Quando o cliente der alguns passos em sua direção, observe atentamente se o pé ou o sapato oscilam levemente.

Devemos aliviar o pé de sua prisão uma vez que o mesmo não precisa satisfazer funções primitivas, mas sim libertá-los e deixá-los fluir a passos largos combinando estilo, moda, conforto e saúde.
jbp©