segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ASSIM COMEÇOU...



Todos os novos modelos de sapatos criados foram desenvolvidos através dos 8 modelos básicos: A bota, o sapato de amarrar (Oxford), a sandália, o mocassin, o scarpin ( Pump), o Mule ( chinelo caseiro) o “Monk” ( sapato de vestir) e o tamanco ( Clog).
Os modelos advindos foram apenas adaptações ou variações dos tradicionais.
E, se estes modelos básicos de sapatos foram originalmente desenhados pelo e para o homem, as mulheres adaptaram a orgulhosa criação masculina para sua melhor vantagem, os tornaram mais femininos, deram aos desenhos uma maior sensualidade, ultrapassando o limite masculino.
E, desde então, os olhos masculinos têm acompanhado seus pés vestidos e tentado desnudá-los para seu puro êxtase e deleite das mulheres.

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TÊNIS



(Photo:Old Friends)
Anos 80 – Ambivalência e sofisticação. Década da androginia e dualidade comportamental. Agressividade. Rebeldia. Individualidade. Surgiram os punks e os skinheads. Surgiu também uma nova geração de jovens businessmen, individualistas, os Yuppies.1980-1990 – Os calçados perderam a altura. Calçados pesados e fechados entraram em cena. As sandálias apresentavam solados mais grossos.Nos anos 90, houve uma grande influência dos fenômenos sociais atuantes e determinantes de um novo comportamento visual.


Os novos ídolos eram os pop stars, evidenciando os calçados de saltos altos de Madona, com o erotismo explícito de suas canções; a androginia pura de Prince, David Bowie e Michael Jackson; o sorriso escrachado de Mick Jagger a bordo de suas botinas em couro de cobra e os astros dos esportes.
O tênis, definitivamente, abriu a década de 90 como o calçado de maior status, evidenciando uma nova tecnologia, novos materiais sintéticos, modelos diferenciados para as mais diversificadas funções, desfilando nas passarelas ou brilhando nas quadras esportivas, vestido pelos maiores astros do esporte mundial.
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THE BOOT ( A BOTA )


"..these boots are made for walking and that´s what they´ll do. One of these days these boots are gonna walk all over you...( These boots were made for walking- Nancy Sinatra )

A bota data de 4.500 anos. Originalmente era simplesmente um sapato com uma tira, em separado, ao redor da perna. Posteriormente esta peça foi anexada ao sapato e seu resultado final em bota.
“Dê a uma mulher o sapato certo e ela poderá conquistar o mundo” (Bette Midler). Ela poderia estar se referindo às botas. Um símbolo de força, as botas servem também como talismãs. Nos contos de Charles Perrault´s “Puss in Boots” (O Gato de Botas), as vítimas revertiam sua sorte roubando e vestindo as botas de seu opressor. E, até mesmo o General Paton observou como as botas tornavam soldados comuns em guerreiros. Desenhos nas cavernas descobertos na Espanha e datados de 13.000 A.D. ilustravam tanto o homem quanto a mulher usando botas de peles de animais. Mas, uma vez que os papéis dos sexos tornaram-se culturalmente bem-estabelecidos, os homens avançaram a frente em botas para conquistar o mundo enquanto as mulheres ficavam em casa em seus delicados chinelos. Sapatos funcionais para as mulheres podem ter perturbado a ordem das coisas. De fato uma das acusações contra Joana D´Arc cujo comportamento rebelde levou-a a ser denominada como “bruxa” era que ele se vestia em botas masculinas à altura de seus quadris.
Não foi anterior a 1830 que a as mulheres começaram a usar botas em seu cotidiano. Para torná-las mais femininas as novas botas até o tornozelo eram feitas em formas mais estreitas e amarradas em laçarotes ou abotoadas. O objetivo inicial era abstê-las de incitá-las à tentação, mas, tiveram o efeito contrário – eles realçaram o formato da barriga da perna tornando-se altamente sensual.
Em nosso século as botas adentraram o mundo da moda. Novos modelos. Materiais. Comprimentos e alturas de saltos variadas proliferaram e depois de alguns séculos podemos dizer que a bota, finalmente, pertence aos dois sexos.
(Shoes – Linda O´Keefe)

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O SAPATO DE AMARRAR “OXFORD"




Originado em Oxford, Inglaterra em 1640.
Tornaram-se populares com os estudantes da Universidade de Oxford, e desde então, ambos, o estilo e o nome expandiram aos quatro ventos. Caracteriza-se como um modelo fechado, de amarrar, em que a gáspea e o traseiro se sobrepõem às laterais. Por tradição a gáspea é formada por duas peças, onde a biqueira se sobrepõe à segunda peça. É o mais “jovem” de todos os 8 modelos básicos. Surgiu nos Estados Unidos a partir de 1898 somente.
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SANDÁLIAS


A sandália tem sido a mais sensual versão dos modelos de sapatos principalmente em sua versão feminina, exuberantemente equilibrada em saltos altos parcialmente escondendo ou insinuando os dedos e o pé. Seu estilo data pelo nos 6000 anos.
Acredita-se terem sido os primeiros cabedais envolvendo e protegendo o pé, ou seja, os sucessores das primitivas coberturas do pé em couro. Foi o sapato tradicional das civilizações egípcia, grega e romana. Tem também sido o calçado dominante das regiões de clima quente da África, Ásia e das Américas por séculos, usadas como proteção às superfícies causticantes e agrestes, com um cabedal mínimo permitindo maior circulação de ar possível para o máximo conforto.
No século 20 as sandálias renasceram tanto na Europa como na América do Norte como tópico de moda. Porém, onde quer que tenha prevalecido como fator de moda ou aparato de uso cotidiano, o desenho básico da sandália sempre foi notório por ser simples: Solado firme preso ao pé usualmente por tiras ou correias estreitas, caracterizando-se primordialmente por sua praticidade única. Suas solas, por exemplo, podiam ser feitas de quase todo ou qualquer material disponível ao alcance da mão na época: papiro e folhas de palmeira nos primórdios do Egito, couro cru nas áreas da África, madeira na Índia, palha de arroz na China e Japão, sisal na América do Sul, yucca nos Estados Unidos e desde o advento e a proliferação do automóvel, tiras de borracha, freqüentemente recicladas, têm sido usadas como solas para as sandálias em muitos países.
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MONK -SAPATOS DE VESTIR


O MONK – Um sapato de vestir, sem atacadores com uma lingüeta alta.
Elegantemente talhado com uma tira larga sobre o peito do pé, costurada junto a uma fivela ou fecho na parte lateral.
Estilo bastante popular foi desenvolvido por um monge alpino no século 15 e por um longo tempo, antes de se tornar popular, foi vestido principalmente pelos monásticos em toda a Europa.
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