sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

100% COTTON


Handle With Care (Cuidado…frágil)
( I am Hot but …Be gentle) ( Sou legal, mas….seja gentil)

“À medida que os mercados se tornam cada vez mais globais, os fornecedores buscam por símbolos e ícones os quais atravessam as fronteiras da língua e tornam-se quase irrelevantes em auxiliar o consumidor a entender o que ele tem comprado; como foi produzido, como manuseá-lo e tratá-lo com cuidado.” ( WSA – Performance & Sports Materials)

Este título pode soar mais excitante do que o parece. De fato, estes dizeres fazem parte do logo evidenciando a “carinha” de três olhos com uma borda em ondas (parecendo uma linha de cabelos) – o renomado e reconhecido símbolo de instruções de cuidado.
Por outro lado é uma imagem que provavelmente tem sido reproduzida mais freqüentemente do que a Mona Lisa de Leonardo da Vinci apesar de não tantas vezes quanto o perfil da Rainha Britânica Elisabeth II, que tem aparecido ao longo dos anos em bilhões e bilhões de selos e moedas nos últimos 60 anos.
A indústria têxtil global tem feito extenuantes esforços ao longo dos anos para desenvolver ícones de cuidado designados para ilustrar os vestuários esportivos, símbolos ilustrativos pelo menos de alto significado e compreensão aos usuários em todo o globo com o mínimo de ajuda através de palavras ou números. Anos de debates e pesquisas resultaram em ícones auto-explanatórios para facilitar o manuseio dos mesmos.


Só por diversão, de uma olhada nos símbolos evidenciados e cheque quantos dos mesmos você poderá identificar apuradamente (com exatidão) (Vide resposta logo abaixo) cujos símbolos já fazem parte do dia a dia dos consumidores já adaptados aos seus conceitos.

Entretanto estes conceitos e ícones poderiam ou/e deveriam ser aplicados ao setor calçadista também especificando se o calçado é feito de couro ou material sintético ou qualquer outro material além de especificar de que material é feito o interior do mesmo; um símbolo indicando teor de desempenho do mesmo, volume transpiração gerada dentro do sapato, absorção de choque, propriedade, absorção de umidade da pele. No Canadá, por exemplo, o calçado de segurança é de vital importância e por esta razão não é de surpreender-se em se encontrando símbolos individuais evidenciando teor de proteção das solas à perfuração, provendo resistência à choque elétrico, que dissipam estática, solas que são eletronicamente condutivas e é claro aquelas que provêm proteção quando do uso de moto serras – uma etiqueta branca com um pinheiro verde. Quando se fala em saúde e segurança, principalmente, as etiquetas podem ser vitais ao usuário do calçado, contanto que as mesmas provêem informações vitais de proteção e segurança. Podem até variar de país para país, mas com um único propósito em mente - Segurança e Proteção. jbp©

Respostas: a) Sem uso de água clorada; b)Secagem a frio; c)Lavagem à máquina a frio; d)Secagem a seco; e) Passar sem vapo; F) Secar no varal

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

RED SHOES - A WAY TO HEAVEN



Mais do que qualquer outra cor, sapatos vermelhos terão sempre uma poderosa aura. No conto the Red Shoes de Hans Christian, eles levaram a heroína do mesmo a dançar até morrer.

E, no conto The Wizard of Oz (O Mágico de Oz) os sapatos foram a salvação da heroína."(Shoes- Linda O`Keefe)

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

HIGH HEELS AND GREAT LEGS
SALTOS ALTOS E BELAS PERNAS


" Nothing has been invented yet that will do a better job than heels at making a good pair of legs look great or great ones look fabulous." ( Stuart Weitzman)
" Nada foi inventado ainda que funcione melhor do que saltos altos para tornar um bom par de pernas belas ou belas em fabulosas."

segunda-feira, 3 de novembro de 2008


"...Put on your red shoes and dance the blues..." David Bowie

terça-feira, 14 de outubro de 2008



THE JOY OF SHOES ( A Alegria dos Sapatos)

Esta fotografia, entitulada " Werfel´s first pair of new shoes" ou seja " O primeiro par de sapatos de Werfel", foi publicada pela primeira vez, numa edição da revista Life, em 1946.

Werfel, um menino austríaco, órfão, de seis anos de idade, foi fotografado quando recém havia recebido seu primeiro par de sapatos, num período pós guerra, da American Red Cross.

WITH SHOES, WE WALK, WE WORK, WE PLAY, WE TRAVEL - WITH SHOES WE CELEBRATE.

Fonte: The Bata Museum - Toronto-Canadá

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ASSIM COMEÇOU...



Todos os novos modelos de sapatos criados foram desenvolvidos através dos 8 modelos básicos: A bota, o sapato de amarrar (Oxford), a sandália, o mocassin, o scarpin ( Pump), o Mule ( chinelo caseiro) o “Monk” ( sapato de vestir) e o tamanco ( Clog).
Os modelos advindos foram apenas adaptações ou variações dos tradicionais.
E, se estes modelos básicos de sapatos foram originalmente desenhados pelo e para o homem, as mulheres adaptaram a orgulhosa criação masculina para sua melhor vantagem, os tornaram mais femininos, deram aos desenhos uma maior sensualidade, ultrapassando o limite masculino.
E, desde então, os olhos masculinos têm acompanhado seus pés vestidos e tentado desnudá-los para seu puro êxtase e deleite das mulheres.

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TÊNIS



(Photo:Old Friends)
Anos 80 – Ambivalência e sofisticação. Década da androginia e dualidade comportamental. Agressividade. Rebeldia. Individualidade. Surgiram os punks e os skinheads. Surgiu também uma nova geração de jovens businessmen, individualistas, os Yuppies.1980-1990 – Os calçados perderam a altura. Calçados pesados e fechados entraram em cena. As sandálias apresentavam solados mais grossos.Nos anos 90, houve uma grande influência dos fenômenos sociais atuantes e determinantes de um novo comportamento visual.


Os novos ídolos eram os pop stars, evidenciando os calçados de saltos altos de Madona, com o erotismo explícito de suas canções; a androginia pura de Prince, David Bowie e Michael Jackson; o sorriso escrachado de Mick Jagger a bordo de suas botinas em couro de cobra e os astros dos esportes.
O tênis, definitivamente, abriu a década de 90 como o calçado de maior status, evidenciando uma nova tecnologia, novos materiais sintéticos, modelos diferenciados para as mais diversificadas funções, desfilando nas passarelas ou brilhando nas quadras esportivas, vestido pelos maiores astros do esporte mundial.
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THE BOOT ( A BOTA )


"..these boots are made for walking and that´s what they´ll do. One of these days these boots are gonna walk all over you...( These boots were made for walking- Nancy Sinatra )

A bota data de 4.500 anos. Originalmente era simplesmente um sapato com uma tira, em separado, ao redor da perna. Posteriormente esta peça foi anexada ao sapato e seu resultado final em bota.
“Dê a uma mulher o sapato certo e ela poderá conquistar o mundo” (Bette Midler). Ela poderia estar se referindo às botas. Um símbolo de força, as botas servem também como talismãs. Nos contos de Charles Perrault´s “Puss in Boots” (O Gato de Botas), as vítimas revertiam sua sorte roubando e vestindo as botas de seu opressor. E, até mesmo o General Paton observou como as botas tornavam soldados comuns em guerreiros. Desenhos nas cavernas descobertos na Espanha e datados de 13.000 A.D. ilustravam tanto o homem quanto a mulher usando botas de peles de animais. Mas, uma vez que os papéis dos sexos tornaram-se culturalmente bem-estabelecidos, os homens avançaram a frente em botas para conquistar o mundo enquanto as mulheres ficavam em casa em seus delicados chinelos. Sapatos funcionais para as mulheres podem ter perturbado a ordem das coisas. De fato uma das acusações contra Joana D´Arc cujo comportamento rebelde levou-a a ser denominada como “bruxa” era que ele se vestia em botas masculinas à altura de seus quadris.
Não foi anterior a 1830 que a as mulheres começaram a usar botas em seu cotidiano. Para torná-las mais femininas as novas botas até o tornozelo eram feitas em formas mais estreitas e amarradas em laçarotes ou abotoadas. O objetivo inicial era abstê-las de incitá-las à tentação, mas, tiveram o efeito contrário – eles realçaram o formato da barriga da perna tornando-se altamente sensual.
Em nosso século as botas adentraram o mundo da moda. Novos modelos. Materiais. Comprimentos e alturas de saltos variadas proliferaram e depois de alguns séculos podemos dizer que a bota, finalmente, pertence aos dois sexos.
(Shoes – Linda O´Keefe)

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O SAPATO DE AMARRAR “OXFORD"




Originado em Oxford, Inglaterra em 1640.
Tornaram-se populares com os estudantes da Universidade de Oxford, e desde então, ambos, o estilo e o nome expandiram aos quatro ventos. Caracteriza-se como um modelo fechado, de amarrar, em que a gáspea e o traseiro se sobrepõem às laterais. Por tradição a gáspea é formada por duas peças, onde a biqueira se sobrepõe à segunda peça. É o mais “jovem” de todos os 8 modelos básicos. Surgiu nos Estados Unidos a partir de 1898 somente.
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SANDÁLIAS


A sandália tem sido a mais sensual versão dos modelos de sapatos principalmente em sua versão feminina, exuberantemente equilibrada em saltos altos parcialmente escondendo ou insinuando os dedos e o pé. Seu estilo data pelo nos 6000 anos.
Acredita-se terem sido os primeiros cabedais envolvendo e protegendo o pé, ou seja, os sucessores das primitivas coberturas do pé em couro. Foi o sapato tradicional das civilizações egípcia, grega e romana. Tem também sido o calçado dominante das regiões de clima quente da África, Ásia e das Américas por séculos, usadas como proteção às superfícies causticantes e agrestes, com um cabedal mínimo permitindo maior circulação de ar possível para o máximo conforto.
No século 20 as sandálias renasceram tanto na Europa como na América do Norte como tópico de moda. Porém, onde quer que tenha prevalecido como fator de moda ou aparato de uso cotidiano, o desenho básico da sandália sempre foi notório por ser simples: Solado firme preso ao pé usualmente por tiras ou correias estreitas, caracterizando-se primordialmente por sua praticidade única. Suas solas, por exemplo, podiam ser feitas de quase todo ou qualquer material disponível ao alcance da mão na época: papiro e folhas de palmeira nos primórdios do Egito, couro cru nas áreas da África, madeira na Índia, palha de arroz na China e Japão, sisal na América do Sul, yucca nos Estados Unidos e desde o advento e a proliferação do automóvel, tiras de borracha, freqüentemente recicladas, têm sido usadas como solas para as sandálias em muitos países.
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MONK -SAPATOS DE VESTIR


O MONK – Um sapato de vestir, sem atacadores com uma lingüeta alta.
Elegantemente talhado com uma tira larga sobre o peito do pé, costurada junto a uma fivela ou fecho na parte lateral.
Estilo bastante popular foi desenvolvido por um monge alpino no século 15 e por um longo tempo, antes de se tornar popular, foi vestido principalmente pelos monásticos em toda a Europa.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

THE PUMP ( SCARPIN)







Um dos modelos mais persistentemente popular de todos os tempos.
Seu estilo evoca um dos mais sensuais modelos devido ao seu calce perfeito, envolvendo e acentuando sutilmente os contornos do pé. Seu decote baixo mostrando deliberadamente a sugestiva fenda dos dedos, evidenciando a curva do longo arco do pé combinados aos seus sinuosos movimentos.
Atualmente um dos mais sensuais modelos de sapatos, podendo-se dizer que é “o vestido preto básico dos sapatos”. Linhas puras. Sem adornos. Saltos prudentes com uma altura razoável ao conforto e bem vestir. Prático. Elegante. Tem berço e classicamente conservador.
É um sapato feminino por excelência, mas, nos primórdios do século 16 era usado como uniforme dos serviçais – sem salto, um chinelo extremamente frágil que precisava ser preso para manter no lugar o calcanhar e os músculos dos dedos dos pés.
Este nome foi usado pela primeira vez em 1955 e pronunciava-se poumpe, pompe or pumpe, derivado do som produzido ao caminhar, atingindo um chão efetivamente polido.
Adotado pelas mulheres, em meados do século 17, este sapato sem salto, foi adaptado a uma versão street pelos adeptos da moda, espalhando-se rapidamente por toda a Europa como uma alternativa ao impraticável chinelo e botas com atacadores de amarrar apertados.
Em 1893, Alfred Gabriel, o Conde d ´Orsay tomou o pump literalmente pela mão e customizou-o para as mulheres. Primeiramente com saltos de duas polegadas de altura. Em 1950, quando os sapatos com seus saltos “stiletto” de quatro polegadas dominavam, Coco Chanel com Raymond Massaro lançou um scarpin de salto baixo, bicolor, com uma tira traseira. O cabedal em cor bege e uma biqueira preta para fazer o pé parecer menor.
Nos anos 60 Jacqueline Kennedy estabeleceu este estilo na Casa Branca e em todos os lugares acompanhando seus tailleurs lindamente feitos à mão, seus chapéus e os clássicos scarpins, como um marco de respeitabilidade e extremo bom gosto.
Nos idos de 80 e 90 quando as mulheres adentraram uma nova era de trabalho que exigia sapatos modernos, mas que pudessem ser usados confortavelmente ao longo do dia, aliando conforto, modelos sofisticados e estéticos, tornando-os clássicos e perenes.
E como dizia Mayde Lebensfeld, uma especialista em pés de Manhattan, a respeito do contemporâneo sapato: “The shoe fits – and finally we can wear it”. (O sapato serve e finalmente podemos usá-lo)
(Shoes - Linda O´Keeffe)
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“We shall walk in velvet shoes: wherever we go.
Silence will fall like dews
On white silence below.” ( Elinor Wylie)
THE MULE ( INDOORS SLIPPER )




" I´ll take a look at your slippers. I love them as much as I do you...I breathe their perfume, they smell of verbena." (Gustave Flaubert)

Seu início foi simples, plano, um chinelo sem traseiro, com os antigos Sumerianos.
Sensuais. Colocaram o pé num pedestal e desnudaram-no prazerosamente. Foram desenvolvidos estritamente para serem usados em ambientes fechados.
A imperatriz Josefina da França, reclamou ao seu sapateiro um chinelo de dançar que havia furado logo ao ser usado. “
Ah...Posso ver qual é o problema, Madame,” ele exclamou. “Você usou-os para caminhar!”
Claramente o termo “chinelo” é um tipo especial de sapato.
Exatamente como o descrevem: Um “chinelo”. Uma espécie de cobertura no qual o pé é facilmente introduzido. Usado tanto por mulheres como por homens, este chinelo caseiro é de solado muito macio e de peso extremamente leve. O “MULE” apesar de ser denominado de chinelo, é um sapato sem traseiro que pode ser usado dentro e fora de casa. Freqüentemente maravilhosamente decorado e considerado como epítome de conforto, os chinelos têm sido amplamente usados por séculos.
Na Europa e na América do Norte, eram privilégios de poucos, mas, no século 19, com sua produção em massa, possibilitou seu uso pelas pessoas comuns, que se adaptaram a ele naturalmente e o que têm sido prazerosamente feito desde então.
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O TAMANCO ( CLOG)



Este é outro modelo de origem ancestral.
Originalmente um sapato-plataforma.
Sua versão original era de um sapato sobre uma base de madeira alta.
Permaneceram como moda universal. Modelo essencial pra todos os tipos de sapatos-plataforma. Muito populares especialmente entre as mulheres jovens.
Feitos totalmente em madeira ou com sola de madeira e uma variedade de cabedais de couro, borracha ou tecido. Por mais de 10 séculos os tamancos à prova d água tem sido prova fidedigna de durabilidade, especialmente na França, nos Países Baixos e na Bélgica. De fato, até o final do século 18, na Europa, o tamanco era o calçado usado pela maioria das pessoas. Apesar de serem de madeira eram decorados e vestidos em ocasiões especiais e parecem bem mais confortáveis sendo o que essencialmente têm sempre sido - baratos, de proteção e fabricados para a população em massa. (All About Shoes - Bata )
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

THE MOCCASIN


O sapato popularmente conhecido como MOCCASIN – o qual é essencialmente feito de uma única peça de material – tem uma linhagem ancestral.
Muito antes dos sapatos serem feitos de duas peças ( solas e cabedais) a construção do sapato em uma só peça era norma. Uma única peça de couro ou pele cobrindo a ponta do pé e envolvendo o pé servia como proteção básica na Europa, África, Ásia e nas Américas.
Em algumas partes da Europa, este tipo de calçado é denominado OPANKE, significando sapato na língua servo-croata. Os sapatos OPANKES are profusamente usados nas zonas rurais das regiões Bálcãs, onde eram comumente feitos pelos próprios usuários.
O nome MOCCASIN originou-se a séculos atrás no nordeste da América do Norte, onde denominava-se o sapato com um solado macio de ALGONKIAN. Os OPANKES receberam um solado de couro endurecido, mas, os MOCASSINS dos índios nativos americanos eram de solado macio devido a uma variedade de razões práticas tais como procedimentos furtivos (para não afugentar a presa) quando em caçadas, caminhando em sapatos para neve e para ajoelharem-se mais comodamente quando em suas canoas.
Atualmente, o termo MOCASSIN descreve também um tipo popular de sapato com o mesmo estilo de cabedal de uma única peça de couro, envolvendo todo o pé, porém com uma sola endurecida, acrescida ao mesmo.
Entretanto, em inglês, a palavra MOCASSIN é usada para denominar um tipo de calçado simples e sem salto.
Interpretações coloridas desses MOCASSINS apaches, com enfeites e bordados de miçangas têm sido um revival e um must contínuo na moda contemporânea.
Todavia, os modelos mais estruturados do século XX foram chamados de LOAFERS pelos ingleses e americanos. Os denominados PENNY LOAFERS, com uma tira com pequena abertura por cima da gáspea, receberam esse nome nos anos 50, quando os americanos costumavam guardar uma moeda de um penny (centavo) nessa pequena fenda para possíveis eventuais gastos quando fora de casa.
Os MOCCASINS com bridões, lançados pela italiana Gucci na década de 1960 tornaram-se um clássico, foram produzidos com solados de couro ou borracha e têm sido copiados no mundo inteiro.
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" If you rebel against high heels, take care to do so in a very smart hat." George Bernard Shaw"

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SÓ UMA QUESTÃO DE TOQUE


A sensibilidade táctil do pé pode ser invariavelmente maior do que qualquer outra parte do corpo, incluindo as pontas dos dedos.
Qualquer ação de movimento para ficarmos de pé ou caminhar, envolve contato sensorial com o solo. Mesmo quando uma pessoa está sentada, o pé, instintivamente, está mantendo contato com gestos involuntários, como a explorar uma sensação táctil.
A natureza equipou a sola e as pontas dos dedos dos pés, da mesma forma que as patas dos animais, com uma abundância de pontos sensoriais – milhares de terminações nervosas sensíveis, por polegada quadrada – mais densas do que qualquer outra encontrada no corpo humano. Estas áreas sensoriais têm uma capacidade táctil incomum.

Se, você, por exemplo, pendurar-se em uma barra, como os pés balançando no ar, sentirá uma espécie de vulnerabilidade uma vez que perdendo, temporariamente, o contato vital pédico com o solo, você fica “fora de alcance” com o mundo real. Você sente- se mais do que imobilizado. Você se dá conta, repentinamente, da grande dependência deste contato de solo como um canal vital de comunicação entre o mundo real, seu corpo e seu cérebro.

O mesmo acontecerá quando no elevador. Você se sentirá seguro e protegido com os seus pés no chão e o peso de seu corpo plantado firmemente sobre eles. Porém ao descer rapidamente pelo elevador, o peso é “tirado” dos seus pés e você sente “algo estranho”. Este feeling acontece devido à perda do contato do solo, sua âncora de segurança.
Observe o gato, por exemplo, ao cair de uma determinada altura sempre cairá sobre suas patas. E isto acontece com muitos insetos. Seus sentidos tácteis em seus pés são tão vitais, que o simples contato do pé ao solo é prova fidedigna de seu “retorno à realidade”. O gato cai sobre suas patas, porque durante sua queda a ausência de sensibilidade táctil em suas patas, desencadeia, automaticamente, uma ação reflexa, ou seja, a tão chamada postura de vôo, que assegura uma “aterrissagem” perfeita em suas quatro patas.

Os pés dos cegos são ferramentas extremamente vibratórias importantes para seus sentidos de meio ambiente e direção e de sua estabilidade. Como podem andar no escuro sem nada para agarrarem-se ou tocarem-se com suas mãos? Repentinamente você se torna muito mais consciente de sua capacidade táctil bem como da importância das suas solas e dedos dos pés. A bailarina profissional ou o bebê, ensaiando seus primeiros passos, dependem profundamente de sua capacidade plantar sensorial.

Não é por nada que o toque é o mais antigo de todos os sentidos, conhecido como “a mãe de todos os sentidos”. É o primeiro sentido desenvolvido pelo embrião, e, supõe-se que todos os outros não passam de simples variações do sentido básico do toque.
De natureza plácida e efetiva. Sinalizando e expressando o que as palavras nem sequer podem anunciar. Característica indelével e atuante nos conscientizando da verdadeira e real condição de nosso corpo, nossos músculos, nossas tensões do dia a dia... Num simples toque.
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

TRÈS CHIC !


Chique é a arte de expressar elegância, beleza e estilo pessoal, despojada de qualquer indumentária ou fator externo, com estilo e simplicidade.
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ELEGÂNCIA


Elegância

Delicadeza intrínseca expressa em gestos corteses

Sóbria naturalidade

Repousa o espírito

Acalma o corpo


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domingo, 21 de setembro de 2008

MODA


".. A autoridade da moda é tão absoluta, que nos obriga a ser ridículos sob pena de assim parecermos..."
Moda
A arte de combinar os materiais e as linhas, numa lógica específica, numa roupagem nova e ousada.

A moda é do momento. As modas contemporâneas podem fazer alusão ao remoto, mas implica sempre o aqui e agora; a apreensão de um momento fugaz e sua fixação na memória. Absorve e assimila o que ocorre à sua volta.

O corpo, por sua vez, tornou-se o local do consumo conspícuo da nova moda. Portanto, um passo em falso no enfoque da moda poderá ser uma gafe estética, social e moral.

Moda não tem nada a ver com estilo. Estilo você tem ou não tem.

Mas, chic mesmo é exercer a arte do bom tom exacerbadamente, de uma maneira sóbria e despojada de qualquer indumentária ou fator externo, com estilo e simplicidade.
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BE YOURSELF !



Sua aparência, como você se sente e quão eficiente será seu comportamento e sua vida futuramente, dependerá principalmente de você e nada mais.
Mas, a menos que você esteja ciente destes fatos e tenha um senso de participação ativo e de responsabilidade, você não terá suficiente energia motivadora para colocar em prática todas as informações captadas até os dias de hoje.
De acordo com a nova psicologia, todos se baseiam numa premissa fundamental: que as pessoas têm uma habilidade inerente de criar suas próprias vidas de dentro para fora, uma vez que, elas, única e exclusivamente elas, são conscientes do seu potencial e da força de ação do mesmo.
O que faz algumas pessoas sobressaírem-se às outras? Parecerem mais felizes, mais inteligentes, mais saudáveis? Quantos de nós seremos capazes de exercer nosso potencial como seres humanos plenos e completos e livres suficientes para exercer este potencial?
A tendência do ser humano é preencher suas potencialidades plenas tais como criatividade, coragem, amor, caridade, felicidade, afeição, proteção e respeito próprio e, obviamente pessoas em cuja personalidade evidencia tendências auto - realizadoras altamente desenvolvidas, tem diversas coisas em comum.
E estas são as pessoas mais saudáveis e felizes, social, mental e fisicamente e tendem a ter piques apoteóticos de momentos de grande felicidade e êxtase – nos quais, os conflitos do dia a dia, da vida, estão, pelo menos, temporariamente, transcendidos ou resolvidos.
Estes sentimentos nos dão um “feeling” de que vale a pena viver, apaixonar-se, gerar, criar uma obra de arte, ou simplesmente perceber o mundo como um ser unificado, onde as dicotomias usuais entre egoísmo e desprendimento parecem desaparecer.
Estas pessoas parecem ter outras características em comum, também: simplicidade, integridade, verdade, honestidade, singularidade, inteireza e perfeição. De fato, estes mesmos valores podem esperar do ser humano “universal” direcionado como um alvo místico de posse e realização, quando nivelado só comparado ao divino.
As pessoas têm uma habilidade inerente de criar suas próprias vidas de dentro para fora, uma vez que, elas, única e exclusivamente elas, são conscientes do seu potencial e da força de ação do mesmo.
Descobrindo nossas potencialidades internas e únicas descobrimos nossa própria potencialidade, natureza e valores. Só nos resta colocá-las em prática.
Uma pessoa em sua total potencialidade é sem sombra de dúvida, mais radiante e mais viva do que qualquer outra. É alguém capaz de acessar suas forças físicas e mentais e viabilizar sua ação amplamente. Alguém com um ponto de vista incondicional e que ao mesmo tempo aceita, espontaneamente a si próprio e aos outros.
Para ser e ser mais, você tem que ser autêntica – ser você mesmo!
Você certamente será mais interessante, cheia de vida e atraente do que qualquer pessoa que possa fingir a ser.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O ESTILISTA E O PÉ EROTIZADO

Os sapatos não foram criados para satisfazer a excentricidade do estilista, mas, para serem vendidos.
E para tanto precisam conter uma linguagem sensualmente comunicativa e expressá-la à altura do desejo de consumo de cada indivíduo.
Esta é exatamente a maneira como os consumidores querem os sapatos. Excêntricos, atípicos, bizarros, satisfazendo um apetite insaciável em resposta ao belo em ensaios podoeróticos afrodisíacos.
Os estilistas jamais poderão decretar uma moda ou forçar o público a comprar algo contra sua vontade. Os estilistas criam ou inovam muito pouco.
Sua função básica é simplesmente refletir as mudanças do modus vivendi da sociedade contemporânea. Uma nova lufada de ar a cada guinada da estação, uma vez que a espécie humana não pode manter o mesmo humor e “feelings” por muito tempo.
Razão pela qual prevalecem os renomados ciclos de moda.
E, como dizia Jean Cocteau: “A arte produz coisas feias as quais freqüentemente tornam-se belas com o tempo
Os estilistas da moda do vestuário têm todo um corpo para trabalhar, podendo alterar a moda periodicamente a partir de uma ênfase maior em determinada parte do corpo, mas os estilistas de sapatos estão restritos a uma única e restrita zona - o pé. Sua arte é mantê-lo vivaz e interessante aos olhos do conspícuo comprador, satisfazendo seu indômito fascínio pela arte em couro em movimento.
Há um misterioso tipo de fenômeno biológico e social que causa periodicamente uma guinada considerável na moda de nossas roupas e calçado.
A cada década há uma abrupta mudança na temperatura da libido da sociedade, causando desta maneira uma mudança radical nos pontos focais da moda, onde tais temperaturas, quente e fria, alternam-se com surpreendente regularidade.

PODEMOS DIZER QUE OS ESTILISTAS DE MODA SÃO OS PROFETAS SOCIAIS DO TEMPO E SEU SUCESSO DEPENDE DA SUA HABILIDADE EM SENTIR AS MUDANÇAS DA TURBULÊNCIA DA LIBIDO E AS SUAS SENSUAIS CORRENTES DE AR.

Estas variações determinam amplamente os estilos de sapatos a serem usados.
Os países latinos e as nações da América Central e Sul evidenciam um caráter exótico, uma sensualidade aberta tanto no estilo quanto na maneira como são usados tais sapatos: coloridos e dramáticos.
Refletem pessoas de temperamento quente, vibrante, emotivas e de aguçado padrão estético. Os países latinos têm sempre enfatizado o “machismo” inerente à cultura masculina e à sensualidade feminina. Não é mera coincidência que grande parte da contribuição criativa de estilo seja importada da Itália, Espanha e de outros países calientes. Estas pessoas têm, sem sombra de dúvida, sua libido associada aos sapatos.
As culturas “frias”’ dos Britânicos, Alemães, Russos e países Escandinavos têm seus estilos comparativamente sem brilho, estéreis, sem imaginação, refletindo um temperamento mais reservado e definitivamente evidenciando um grau de inibição emocional num nível superior.
Na América do Norte, em se constituindo de uma população poliglota, tipicamente cosmopolita com uma mistura de várias culturas, os grupos étnicos, amplos e influenciáveis mantêm suas preferências de estilo, enquanto que os americanos mais anglicanos continuam a manter suas tendências para os estilos clássicos e tradicionais.

A maioria dos estilistas são homens. Definitivamente não é porque homens têm maior talento criativo, mas devido à tradição, e também ao fato de que o homem, tipicamente heterossexual tem um desejo inato de vestir e despir a mulher da cabeça aos pés.

A MAIORIA DOS ESTILISTAS DESENVOLVE A ARTE DE DESENHAR E SELECIONAR ROUPAS E SAPATOS PARA QUE AS MULHERES OS VISTAM E DISPAM PARA SUA PRÓPRIA SATISFAÇÃO.

O estilismo de sapatos é um fenômeno esotérico e excêntrico. É uma forma de arte especializada, mas que tem que lidar com a realidade comercial, aliando beleza e originalidade incorporada às características de apelo sensual.

PORTANTO, O ESTILISTA DE SAPATOS NÃO É UM MERO ARTISTA, MAS, UM ESPECIALISTA EM ARTE PODOERÓTICA POR EXCELÊNCIA.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BELEZA



“O QUE É BELO É BOM E O QUE É BOM LOGO SERÁ BELO” (Safo)

A beleza é capaz de instigar uma derrocada de emoções, mas, o prazer advindo dela será sempre único.
O nosso corpo responde a ela visceralmente e os nomes que a ela atribuímos são sinônimos de cataclismos físicos.
A beleza está unicamente no olho do expectador. Está momentaneamente na mente. Seu traço indelével e perfeito, como um retrato, mas imortal na carne.
Toda a honra e reverência às mais diversas formas de belezas.
Que a cultivemos dentro e fora de nossos limites, afinal, a beleza será sempre fundamental, mas que amemos também outro tipo de beleza - a que não está em nenhum critério de proporção, mas, no segredo da profunda simpatia humana.
Os deuses também são vaidosos. As imagens nas igrejas, nos museus que o digam.
Apreciamos os santos, as estátuas e poderemos perceber quanta beleza existe na arte, seja sacra ou profana. A diferença é só uma questão de credo, cultura e identificação, estabelecendo um padrão, uma filosofia, uma religião.
Michelangelo insistia que nunca estabelecia uma imagem a ser esculpida no mármore frio. Ao contrário, ele usava seus instrumentos para extrair as partes dispensáveis de um bloco de pedra, revelando assim, a beleza escondida no âmago da mesma.
Assim deveríamos nós usar toda nossa capacidade em detrimento de nosso próprio crescimento, desabrochar e nos tornarmos essencialmente o que somos. Não uma perfeição estática, mas, um processo vivo, não importando idade, função ou tempo. Plena criatividade expressando, administrando ou simplesmente desenvolvendo a arte de ser, e, principalmente, o que você realmente é - e isto é inevitavelmente maior e mais compensador do que apenas existir.

BELEZA - Cultive-a dentro e fora dos teus limites, conscientes do potencial e da força da ação da mesma.
Belo é estar bem com tudo a sua volta. O mundo gira. Dá voltas. Você também!
Entre em sintonia com as pequenas causas, pois assim, as grandes serão alcançadas, pois não podemos esperar pela beleza, mas, trazê-la à tona.


E, como dizia KeatsA BELEZA É VERDADE E A VERDADE É BELEZA"
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

O SAPATO ATRAVÉS DO TEMPO




foto: Sandália Fibra de casca de artemísia, caverna Fort Rock, região central do estado de Oregon, 8,5 mil a.c.


O homem tem estado usando sapatos por milhares de anos, mas, quem criou o primeiro sapato ou qual ato criativo que o originou, perdeu-se no tempo.
Sem dúvida, nossos ancestrais tiravam proveito dos elementos naturais da melhor maneira possível para protegerem seus pés de temperaturas extremas, usando casacas de árvores, folhas, gramas e peles de animais.
Durante a era romana, os sapatos já eram considerados muito mais do que um mero objeto funcional: os poetas os enalteciam em prosa e verso; tesouro dos amantes, tão acalentados quanto suas mechas de cabelos.
Acredita-se que, as sandálias, foi o sapato básico das civilizações antigas como o Egito, Grécia e Roma, sendo o calçado dominante nas regiões quentes da África, Ásia e América, por séculos. Eram feitas sob medida, com solado firme e com cabedal mínimopara que o ar circulasse livremente.
No século 20, as sandálias foram recriadas na Europa e na América do Norte, como elemento de moda. Feitas rusticamente e com características básicas para proteção, com elementos encontrados abundantemente na natureza: papiro e folhas de palmeira no Egito antigo, madeira na Índia, palha de arroz na China e no Japão; o sisal da América do Sul e Iúca no Sudeste dos Estados Unidos.
Com o advento do automóvel, em muitos países, a borracha de pneus velhos foi reutilizada e reciclada como solas para sandálias.
Com certeza, as maravilhas do século XX incluem o avião, a televisão, o computador – o salto Anabela, e o salto Luís XV (stiletto).
No início do século XX, as mulheres usavam vestidos longos. De fato, o primeiro desfile de sapatos nos Estados Unidos, em 1915, provocou escândalo, uma vez que mostrava os tornozelos e as pernas das mulheres. Nos anais da história, o século XX, poderá ser lembrado como a época demarcadora do início da arte de desenhar sapatos. Pela primeira vez, nos registros da história da moda, desenhistas de sapatos começaram a influenciar a moda e nomes envolvidos de glamour, como Salvatore Ferragamo, André Perugia e Roger Vivier, tornaram-se familiares em círculos sociais das estrelas de cinema. É difícil generalizar a moda do sapato do século 20 e 21 – às vezes, deveras elegante ou simplesmente “bizarra”. Tanto, que o estilista italiano Ferragamo, inventor do salto Anabela em 1936, estilo este que se tornou muito popular, desenvolveu mais de 20.000 modelos de sapatos, com 350 patentes registradas.
Sapatos, temas de lendas. Desde as Sagradas Escrituras até as Mitologias Seculares. E, através de tempos imemoráveis, têm sido um componente central para estórias de fadas e de folclore.
Refletem uma história social. Registro pessoal de nossas vidas – Monumentos estes que ecoam um tempo, um lugar, uma emoção, preservando o passado e desencadeando lembranças vívidas, vividas e revividas ao fragor do tempo e da saudade.
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Você sabia que...

* As medidas do pé foram originadas com o Rei da Inglaterra Edward II (1284 – 1327), cujo pé media 36 grãos de cevada em comprimento. Cada grão equivalia a 1/3 de uma polegada (0, 848 cm), acrescida até 12 polegadas, ou um pé (30 481 cm);

* O zíper foi usado, pela primeira vez, em 1893, muitos anos antes de ser usado na confecção de roupas;

* Nos primórdios do século XVII, os viajantes nobres, usavam sapatos com saltos ocos nos quais escondiam seus objetos de valor;

* Em 1839, Charles Goodyear descobriu, por acidente, o processo de vulcanização da borracha. Como resultado, a indústria da borracha floresceu, mas, seu inventor morreu pobre.

* Da pele da vaca, de porte médio, podemos extrair 18 bolas de futebol, 144 bolas de beisebol ou 15 a 17 pares de sapatos masculinos
( All about Shoes -by BATA Shoe Organization)

domingo, 14 de setembro de 2008


SHOES ARE SUCH A PERSONAL ARTIFACT. TEY TELL YOU ABOUT THE OWNER’S SOCIAL STATUTS, HABITS, CULTURE AND RELIGION. THAT’S WHAT MAKES THEM SPECIAL.

“SONJA BATA.

sábado, 13 de setembro de 2008

SÃO CRISPIN E CRISPIANO - PADROEIROS DOS SAPATEIROS


Dois irmãos nobres, romanos e gêmeos Crispin e Crispiano – tentaram escapar à perseguição religiosa em Roma mudando-se para a França, onde trabalhavam como sapateiros até quando foram executados pelo governador territorial por difundirem o Cristianismo.
A tradição diz que eles eram estudiosos da doutrina cristã. Quando foram presos e levados à presença de Rictiovarus, que detestava os cristãos, deixaram Rictiovarus tão nervoso com sua argumentação sólida e perfeita sobre Jesus, que Rictiovarus cometeu suicídio.
O co-imperador Maximiano (286-305) furioso ordenou a morte imediata de Crispin por decapitação , em Soissons, França, em 286 DC.
Eles são os padroeiros dos fabricantes de sapatos e dos sapateiros e foram muito populares na Idade Média.
Na tradição da Igreja inglesa é dito que eles viveram por algum tempo em Faversham, Kent, Inglaterra.
Na arte litúrgica, eles são mostrados segurando sapatos ou ferramentas de sapateiro.

Pelo menos, esta é uma das versões da lenda. Apesar de Crispin não ter sido oficialmente santificado pela Igreja Católica Romana, tem sido popularmente considerado o santo dos sapateiros por séculos.
Portanto, o dia dos sapateiros era uma vez celebrado, na Europa, no dia 25 de Outubro.
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

PERNA PINTADA




Quando as meias de nylon surgiram nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, foi uma sensação imediata.
As mulheres aderiram imediatamente as meias de nylon porque eram tão bonitas quanto as meias de seda, mais baratas e duráveis, além de serem tão finas, que davam a sensação de não as usarem.
Contudo a demanda desvairada do material durante tal período foi tal que dificilmente o material seria suficiente para prover e cobrir milhares de pernas afoitas ao prazer deste novo sortilégio.
As mulheres encorajaram-se a usar meias soquetes (até o tornozelo), mas o estilo nunca se tornou popular. Em desespero, algumas mulheres desprovidas de tal fetiche aplicavam make-up às suas pernas tentando simular o produto real e, inclusive, acrescentando lápis de sobrancelha para criar o efeito da costura traseira da meia.
A mais vulgar aplicação do nylon resultou nas charmosas meias de vidro, um dos símbolos do glamour da época, perdurando até os dias de hoje.
As meias de vidro foram lançadas em 1938, na Feira Mundial de Nova Iorque, com um grande sucesso.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial o nylon teve uma larga utilização no fabrico de pára-quedas, pneus, tendas, cordas, impermeáveis, o que fez praticamente desaparecer a produção de meias.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, as meias de nylon foram mundialmente difundidas, e tornaram-se uma peça comum em todos os guarda-roupas.
Nos anos sessenta com a introdução da mini-saia de Mary Quant e a criação dos collants, o nylon teve uma expansão sem precedentes.
E tudo isso se tornou possível graças ao americano W.H.Carothers que, em 1935, criou uma fibra sintética, na empresa americana da DuPont, a qual deu o nome de Nylon.

A origem do nome é ambígua, mas é mais comumente aceita, que a palavra deriva da junção de NY (Nova Iorque, em inglês) e LON (Londres), as duas cidades onde o nylon foi inicialmente fabricado.
O nylon foi a primeira de todas as fibras sintéticas, feita a partir do petróleo, gás natural, ar e água, através de complexos processos industriais. "A nova fibra era forte como o aço e delicada como uma teia de aranha", diziam os fabricantes, utilizando-o amplamente na confecção de escovas de dente, cordas, artigos moldados e vestuário.
Embora tenha todas estas aplicações, o nylon é conhecido pelo seu uso no campo dos tecidos.
Em 1927, Carothers foi convidado pela DuPont para desenvolver um novo material sintético que pudesse ser fabricado em quantidade, tivesse a leveza da seda e altamente resistente. Obteve resultados notáveis.
Em 1935, o nylon foi sintetizado e patenteado, e, em 1937, o Neoprene, produtos estes que viriam a revolucionar a indústria e de inusitada utilidade comercial.
A fibra de nylon foi introduzida primeiramente ao público na feira dos mundos de New York em 1939. Em 1940, o nylon foi usado pela primeira vez para a confecção das meias de nylon.
As meias de nylon tornaram-se escassas durante a Segunda Guerra Mundial uma vez que todo o nylon disponível era utilizado em detrimento da guerra, na confecção de pára-quedas, etc.
A produção das meias de nylon passou a se desenvolver mais profiquamente no final da Segunda Guerra Mundial.
E, desde então, virou febre nacional e internacional nos quatro cantos do mundo e no imaginário real de todas as mulheres femininas singulares, cuja arte da elegância primam em exercer à altura dos seus saltos altos e de preferência em meias de seda, com risca preta...S`Il vous plaît...
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MENOS É MAIS




Glamour.
Encanto pessoal. Magnetismo incondicional. Atemporal. Qual impressão digital.
Substantivo feminino singular.
Saudosa elegância dos anos 60. Tailleur. Colares de pérolas.


Uma viagem ao tempo em que os cavalheiros usavam chapéu e as senhoras não dispensavam as luvas e as meias de seda.
Onde o imaginário da sensualidade confundia-se com o cheiro a charuto e o roçagar dos vestidos em sutis tecidos e diáfanas cores.
Onde estão as Audrey Hepburn(s), Grace Kelly(s), Jackie-O(s), Lady Di(s)?
Efêmeros dias de esplendor esmaecidos ao peso dos jeans, T-shirts, tênis, havaianas. Moletons. Trainings. Barrigas à mostra. Caras e bocas.
Tendências buliçosas quais cigarras desvairadas em estações outonais. Expressando-se como embaçadas e duvidosas desculpas em nome do conforto, praticidade cujo desbotado despojamento e porque não um escrachado relaxamento na sua mais acintosa significação.
Lamento e choro a perda do garbo fundamentalmente baseado em gestos, comportamento e atitudes, ordinariamente permeado por excessos e empolações onde o “ menos é mais” ,pura funcionalidade da simplicidade, já não se faz prática comum, pecando pelo excesso.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O HÁBITO FAZ O MONGE?



Sua aparência. Como você se sente e quão eficiente será seu comportamento e sua vida futuramente dependerá, principalmente, de você e nada mais.
Mas, a menos que você esteja ciente destes fatos e tenha um senso de participação ativo e de responsabilidade, você não terá suficiente energia motivadora para colocar em prática todas as informações captadas até os dias de hoje.
Moda, tendências, perfume, roupas, adereços. Podemos amprimorá-los, mas, mantendo sempre, inalterável, o nosso estilo pessoal, aproveitando os aspectos inovadores da moda, combinando habilmente os materiais e as linhas, sem uma lógica específica, numa roupagem nova.
A moda ajuda a esclarecer o que achamos belo, mas, é diferente da beleza em si.
As mudanças sísmicas na moda, embora causadoras de impacto, têm pouco a ver com a beleza.
A moda é uma forma de arte, um sinalizador de status e uma demonstração de atitude, ajudando-nos a negociar nossas relações com o mundo externo e proporcionando-nos conforto e proteção, atuando como extensões visuais de nossa pessoa, refletindo também nossos desejos de maneiras complexas, absorvendo e assimilando o que ocorre à nossa volta.
A maneira como nos expressamos e carregamos nosso estilo, é uma marca indelével e uma característica inata a cada um, exercida plenamente pelo livre arbítrio da originalidade, latente nos genes de cada ser e potencializadas a partir da necessidade de expressão desencadeada pelo nosso próprio personagem. Personagem este em constante movimento e crescimento em concatenação à sua expressão maior em função do todo.
"...o hábito não faz o monge,mas, fá-lo parecer de longe..."
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE




Você se diferencia dos animais quando estiver apto a apoiar-se em seus próprios pés.
Raramente apreciamos quão absolutamente válido isto significa.
Às vezes, nem o fato de nos equilibramos em nossos próprios pés não é o bastante para tal.
O que é vital é um passo largo, pleno e gracioso – uma idéia de locomoção completamente nova; característica esta das mais significantes, diferenciando o homem dos primatas.
O homem é a única criatura em toda a natureza capaz de caminhar ereto sobre seus dois pés com tal graça e pose que sua maneira de caminhar passa a ser um ponto focal de atração e sensualidade.
A habilidade única do caminhar ereto dos homens pode ser sem sombra de dúvida, o fenômeno mais importante em toda a história da evolução devido às enormes e estupendas mudanças que trouxe à espécie humana e para o mundo: O passo humano e a postura do corpo ereto.
O caminhar humano, juntamente com a postura do corpo ereto, estabeleceu um novo tipo de dinâmica do corpo em natureza, plenamente exercida pelo homem, especialmente pela mulher, genuinamente um ser de beleza em movimento; mais maravilhoso em termos de estética e engenharia do corpo do que um pássaro em pleno vôo ou uma gazela correndo livre e solta.
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IMAGEM



A imagem é o meio de comunicação mais rápido e direto entre as pessoas.
A impressão provocada num primeiro encontro dificilmente é esquecida.
O hábito não faz o monge, certamente, mas, transmite ao mundo a qualidade do fervor religioso àquele indivíduo.
A boa aparência não depende exclusivamente de beleza nem juventude, mas, o resultado de certas características íntimas que o ser humano elege para salientar em seu semblante o que lhe passa na alma e o que lhe foi conferido pelas experiências vividas.
Quantas vezes julgamos uma pessoa bela que, quando analisada friamente à luz das proporções, não o seria, mas, cuja personalidade se exterioriza iluminando suas feições e anulando o sentido puramente estético e formal.
A busca da perfeita harmonia entre o corpo e o espírito é eterna. Esta meta, nem sempre é atingível, levando - nos a percorrer os mais diversos caminhos. Quando alcançada ela nos torna mais ativos, felizes, conscientes de nossa força e conseqüentemente mais úteis ao nosso grupo.
Os deuses também são vaidosos. Observe as imagens nas igrejas, nos museus.
Aprecie os santos e as estátuas e perceba quanta beleza existe na arte, sacra ou profana, pois a diferença é uma questão de credo, cultura e identificação, que estabelece um padrão, uma filosofia, uma religião.
Estar bem com você é estar bem com tudo à sua volta. O mundo gira. Dá voltas. Você também!Entre em sintonia com as pequenas causas, pois assim, as grandes serão alcançadas.
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VAIDADE


Vaidade não é pecado.

Ela assemelha-se muito com o amor-próprio, se é que não é o mesmo e, se é paixão diversa sempre é certo que, ou a vaidade procede do amor-próprio ou este é efeito da própria vaidade. (Matias Aires).

Associada muitas vezes à arrogância, a vaidade excessiva é destrutiva por não deixar espaço para o outro, para a diferença.

Quando despojada de seu efeito negativo, no entanto, ela é construtiva, incentivando o homem na busca pelo aperfeiçoamento.Contudo, ela reflete-se indelevelmente na aparência como um conjunto de códigos visuais determinado por fatores culturais.

Uma linguagem não verbal, identificando diversos grupos sociais.

Vaidade, uma ilusão momentânea, camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão interior. No entanto, instrumento vão de erótica persuasão. E, mesmo que não digamos nada, nossa vaidade, aliada à nossa roupa conversa espalhafatosamente com todos que nos vêem.

Vestir o que todos usam não é uma panacéia para o caos coletivo, não mais do que seria dizer o que todo mundo está dizendo. Podemos mentir (em nome da vaidade) na linguagem das roupas ou tentar dizer a verdade, mas, a menos que estejamos nus ou sejamos carecas, é impossível ficar calado.

“Só os superficiais nos julgam pelas aparências"(Oscar Wilde)
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ESTILO, MODA E BELEZA

(Antonia Mayrink Veiga)


“O que é belo é bom e o que é bom logo será belo”, disse Safo.
“A beleza é verdade, e a verdade é beleza”, disse Keats.

A moda é uma forma de arte, um sinalizador de status e uma demonstração de atitude.É o nosso ponto de referência com o mundo externo e nos proporciona conforto e proteção.
É passageira, e, portanto, efêmera.
MODA é diferente de estilo. Estilo você tem.
Podemos modificá-la, aprimorá-la, mas, mantendo sempre, inalterável, nosso estilo pessoal.O aspecto inovativo da moda está na habilidade de combinar os materiais e as linhas, sem uma lógica específica, numa roupagem nova e ousada.A moda é do momento. As modas contemporâneas podem fazer alusões ao remoto, mas implica sempre o aqui e o agora, a apreensão de um momento fugaz e sua fixação na memória. Absorve e assimila o que ocorre à sua volta. A menos que estejamos nus e carecas é impossível não expressarmos nosso indelével toque pessoal.O corpo se tornou o local do consumo conspícuo da nova moda. Portanto, um passo em falso no enfoque da moda pode ser uma gafe estética social e moral.
O excesso é supérfluo. O sóbrio é natural. Repousa o espírito e o corpo.
CHIQUE é a arte de exercer estas três modalidades, despojada de qualquer indumentária ou fator externo com estilo e simplicidade.
ELEGÂNCIA é a maneira como nos expressamos, como carregamos nosso estilo, revelando ou camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão e comunicação. Instrumento de erótica persuasão com um toque de classe, requinte e elegância num estilo único.
A moda pode ajudar a esclarecer o que achamos belo, mas, é totalmente diferente da beleza em si. As mudanças sísmicas na moda, embora impactantes, tem pouco a ver com o belo.
A beleza está unicamente no olho do observador, é construída pela cultura ou conformada a partir de preferência idiossincrática.
Beleza é a soma de tudo isso. Está momentaneamente na mente. Seu traço, indelével e perfeito como de um retrato, mas, imortal na carne.
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domingo, 31 de agosto de 2008

SÍNDROME DE CINDERELA


Pés pequenos e delicados... Sonho de consumo em todos os tempos. Tanto que algumas mulheres compram seus sapatos de dois a três números inferiores ao tamanho ideal apesar das conseqüências do desconforto e deformação do pé.
Paradoxo. Quanto menor e mais apertado o sapato maior o fator emocional para realçar seu “
sex appeal”.
Nem Cinderela tampouco as mulheres atuais dão a mínima para a dor em detrimento de um “look” perfeito. Obviamente elas estão mais interessadas num resultado final do que conforto.

ANATOMIA DO PÉ
O pé humano é uma obra-prima da arte de engenharia, já declarava Leonardo da Vinci. O pé contém 26 ossos cobertos por 19 músculos da perna ligados ao pé. O pé possui quatro arcos, 107 ligamentos, uma infinita combinação de vasos sangüíneos e nervos, centenas de milhares de glândulas sudoríparas e poros. Ao longo da vida este mesmo pé flexionará, alongará e contrairá cerca de 300 milhões de vezes e, ainda assim, permanecerá funcionalmente intacto.

PÉ ÚNICO
Não há um único pé para duas pessoas e nem mesmo os pés de uma pessoa são precisamente iguais. Inclusive um dos nossos pés é sempre maior do que o outro O mesmo pode-se dizer das solas dos pés. São indelevemente únicas e permanecem assim durante toda uma vida e podem até ser usadas como impressões digitais para fins de identificação.

OS 14 PONTOS CHAVES PARA UM CALCE PERFEITO

1. Comprimento de ponta a ponta – É o ponto mais óbvio. Não se habitue a testar o pé pela ponta do “dedão” e assumir que este é o ponto mais longo. Não é. Vinte por cento das pessoas tem o segundo dedo do pé mais longo e, cinco por cento, o terceiro dedo do pé. Sempre teste o calce com o cliente de pé. Ao apoiar-se no chão, o pé distende-se de ¼ a ¾ de polegada. Conceda um espaço de pelo menos 3/8 de uma polegada a mais ao dedo mais comprido do pé.
2. Comprimento até o “dedinho” do pé – Toque a ponta do “dedinho”. Se não puder tocá-la isto indicará um sapato demasiadamente curto ou estreito.
3. Do salto até a junta interna do pé – Se não for apuradamente observado o sapato não flexionará adequadamente ou o dedo levantará durante o uso.
4. Do salto até a junta externa do pé – Este local é raramente testado. Este ponto do pé deverá conformar-se à forma ou o sapato não flexionará.
5. Cubóide – Nome dado à base do quinto osso metatársico. Não deverá ter nenhuma pressão sobre o mesmo o que poderá causar deformidade e desconforto.
6. Largura da “bola” do pé – Sempre com o cliente de pé porque a largura da “bola” do pé expande-se de ¼ a 5/8 de polegadas com o peso do corpo. Lembre-se sempre que, no decorrer do dia o pé expande-se cerca de cinco por cento em volume, principalmente em dias quentes e úmidos.
7. Largura do salto – Dentre as mais variadas formas e tamanhos exigem um contraforte firme, mas flexível sem causar desconforto.
8. Gáspea - Não deverá formar pregas ou dobras excessivas.
9. “Boca” do sapato – É a área ao redor da parte superior do sapato. O calce deve ser exato sem ser excessivamente apertado ou demasiadamente frouxo.
10. Arco do pé – O calce deve acomodar o pé embaixo e na parte lateral do arco, não dando chance à dobras ou pregas.
11. Parte traseira do salto – Não deverá “morder” o tendão do calcanhar.
12. Bordas superiores – Deverão amoldar-se ao pé. Bordas soltas podem ser causadas por pés excessivamente inclinados para fora ou ainda por um salto demasiadamente largo ou um calce extremamente estreito.
13. Borda traseira da gáspea – Se estiverem excessivamente apertadas, poderão causar uma severa “mordida” no pé. Para um calce perfeito e extremo conforto esta área deverá acomodar a pontinha de um lápis.
14. Passo – Deverá equilibrar-se adequadamente sob a “bola” do pé e do salto. Quando o cliente der alguns passos em sua direção, observe atentamente se o pé ou o sapato oscilam levemente.

Devemos aliviar o pé de sua prisão uma vez que o mesmo não precisa satisfazer funções primitivas, mas sim libertá-los e deixá-los fluir a passos largos combinando estilo, moda, conforto e saúde.
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008


HISTÓRIA DO CALÇADO – TOMO VI

Em 1991 foi encontrado o corpo de um homem, datado de cinco mil anos. O intrigante homem “congelado”, denominado como “Ötzi”, tinha os pés coberto com couro, estofados com palha. Desenhos nas cavernas da Espanha, com data de quinze mil anos evidenciam nossos ancestrais usando couro de animais enrolado em seus pés.
Sem dúvida eles souberam tirar proveito dos elementos naturais da melhor maneira possível, protegendo seus pés de temperaturas extremas. Usavam cascas de árvores, folhas e peles de animais.
Inicialmente os calçados eram usados somente pelos mais privilegiados e ricos e, mesmo quando se tornaram mais amplamente usados, continuaram representando um status social numa civilização que exigia que os escravos andassem descalços.

Os calçados são tema de lendas.
Desde as Sagradas Escrituras até as Mitologias Seculares, e, através de tempos imemoráveis, têm sido um componente central para histórias de fadas e de folclore popular.
Assim podemos dizer que os calçados não só refletem uma história social, mas, um registro pessoal de nossas vidas.

Monumentos que evocam um tempo, um lugar, uma emoção.
Os calçados preservam o passado, desencadeiam lembranças tão vívidas quanto um álbum de fotografias ao qual voltamos de tempos em tempos para nos abastecer de motivação e de inspiração para criar novos sonhos.
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(Photo:Old Friends)


HISTÓRIA DO CALÇADO – TOMO V ( 1890 – 1990 )

Anos 80 – Ambivalência e sofisticação. Década da androginia e dualidade comportamental. Agressividade. Rebeldia. Individualidade. Surgiram os punks e os skinheads. Surgiu também uma nova geração de jovens businessmen, individualistas, os Yuppies.

1980-1990 – Os calçados perderam a altura. Calçados pesados e fechados entraram em cena. As sandálias apresentavam solados mais grossos.
Nos anos 90, houve uma grande influência dos fenômenos sociais atuantes e determinantes de um novo comportamento visual.
Os novos ídolos eram os pop stars, evidenciando os calçados de saltos altos de Madona, com o erotismo explícito de suas canções; a androginia pura de Prince, David Bowie e Michael Jackson; o sorriso escrachado de Mick Jagger a bordo de suas botinas em couro de cobra e os astros dos esportes.

O tênis, definitivamente, abriu a década de 90 como o calçado de maior status, evidenciando uma nova tecnologia, novos materiais sintéticos, modelos diferenciados para as mais diversificadas funções, desfilando nas passarelas ou brilhando nas quadras esportivas, vestido pelos maiores astros do esporte mundial.
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HISTÓRIA DO CALÇADO – TOMO IV (1970 )
Os anos dourados aos poucos perdiam seu brilho. Uma nova realidade batia de frente ao mundo feminino e um novo caminho se fazia necessário. Uma nova cultura estava solta nos quatro cantos do mundo. O rock rebelou-se às baladas melodiosas. O tênis era usado por ambos os sexos. Novos estilos foram criados. A tecnologia decretou o bem estar. Estava estabelecida a época do “prêt-à-porter”. A moda sofreu a influência da cultura hippie, dos Beatles, Tropicália, Jovem Guarda; prosseguiu pelos caminhos do folk, do étnico e resultou extremamente individualista.
O maior sucesso da época de 70 foi indubitavelmente, as botas.
Plataformas enormes, trançadas com tiras e fitas. Uma nova e infinita possibilidade de materiais, texturas e motivos.
Sintéticos, plásticos, vinil, verniz e todos os tipos de brilho. Os materiais naturais, rústicos, como a camurça, juta, lona e cortiça. Bordados, galões, passamanarias, estampas de tapeçarias e outras referências étnicas.
No final dos conturbados anos 70, o individualismo deixou de ser uma proposta passando a ser uma realidade e a forma física tornou-se uma verdadeira obsessão. O boom dos calçados esportivos que assim o diga. O conforto era a tônica máxima. Os tênis, mocassins e as sapatilhas coloridas assumiram um novo sucesso.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

HISTÓRIA DO CALÇADO - TOMO III ( 1950 - 1960 )


Este período foi marcante, com toques de independência, emancipação e liberdade irrestrita. A partir de então nada seria com antes.
Alguns calçados tornaram-se tão notórios quanto seus usuários. Como teriam os mitos Marilyn Monroe, Sophia Loren, Elisabeth Taylor e Audrey Hepburn sobrevivido sem o revival do salto Louis XV? James Dean, em jeans e tênis; Elvis Presley e Marlon Brando com sua moto e suas botas pretas?
Uma época de luxo e elegância, baseada nos modelos excêntricos criados por Perugia e Roger Vivier, ladeados por Mademoiselle Chanel, em que saltos tão finos quanto agulhas, ricamente adornados, bordados em pedrarias, saltitavam nos palcos de um novo admirável mundo. O salto “stiletto” surgiu em 1963. Foi um fenômeno internacional. Legítimos suportes de sedução e pedestais de prazer.
Os idos de 60 marcaram o início de uma grande democratização nos costumes e na moda.
Em 1964, as botas brancas de Courrèges, com sua visão futurista, de estilo intergaláctico e o fascínio pelos novos materiais sintéticos adentraram a época com desenhos geométricos, em texturas e cores contrastantes. Calçados coordenados às meias-calças lisas, estampadas, evidenciando uma moda audaciosa e os calçados como resultado final dessa ousadia.
No final dos anos 60, as botas e os calçados eram extremamente femininos. Somente nos anos 70, o estilo unissex explodiria com todo seu potencial de pseudo-igualdade e ambigüidade dos sexos. O plástico, o vinil e o metal destacavam-se como materiais nobres.

Final da década de 60. Começo da maior recessão econômica mundial. Contestação. Viagens. Romantismo. Folclore. Pilares mestres de um novo tempo quanto à estética do quotidiano.

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