sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MENOS É MAIS




Glamour.
Encanto pessoal. Magnetismo incondicional. Atemporal. Qual impressão digital.
Substantivo feminino singular.
Saudosa elegância dos anos 60. Tailleur. Colares de pérolas.


Uma viagem ao tempo em que os cavalheiros usavam chapéu e as senhoras não dispensavam as luvas e as meias de seda.
Onde o imaginário da sensualidade confundia-se com o cheiro a charuto e o roçagar dos vestidos em sutis tecidos e diáfanas cores.
Onde estão as Audrey Hepburn(s), Grace Kelly(s), Jackie-O(s), Lady Di(s)?
Efêmeros dias de esplendor esmaecidos ao peso dos jeans, T-shirts, tênis, havaianas. Moletons. Trainings. Barrigas à mostra. Caras e bocas.
Tendências buliçosas quais cigarras desvairadas em estações outonais. Expressando-se como embaçadas e duvidosas desculpas em nome do conforto, praticidade cujo desbotado despojamento e porque não um escrachado relaxamento na sua mais acintosa significação.
Lamento e choro a perda do garbo fundamentalmente baseado em gestos, comportamento e atitudes, ordinariamente permeado por excessos e empolações onde o “ menos é mais” ,pura funcionalidade da simplicidade, já não se faz prática comum, pecando pelo excesso.
jbp©

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