segunda-feira, 1 de setembro de 2008

VAIDADE


Vaidade não é pecado.

Ela assemelha-se muito com o amor-próprio, se é que não é o mesmo e, se é paixão diversa sempre é certo que, ou a vaidade procede do amor-próprio ou este é efeito da própria vaidade. (Matias Aires).

Associada muitas vezes à arrogância, a vaidade excessiva é destrutiva por não deixar espaço para o outro, para a diferença.

Quando despojada de seu efeito negativo, no entanto, ela é construtiva, incentivando o homem na busca pelo aperfeiçoamento.Contudo, ela reflete-se indelevelmente na aparência como um conjunto de códigos visuais determinado por fatores culturais.

Uma linguagem não verbal, identificando diversos grupos sociais.

Vaidade, uma ilusão momentânea, camuflando o verdadeiro propósito de uma expressão interior. No entanto, instrumento vão de erótica persuasão. E, mesmo que não digamos nada, nossa vaidade, aliada à nossa roupa conversa espalhafatosamente com todos que nos vêem.

Vestir o que todos usam não é uma panacéia para o caos coletivo, não mais do que seria dizer o que todo mundo está dizendo. Podemos mentir (em nome da vaidade) na linguagem das roupas ou tentar dizer a verdade, mas, a menos que estejamos nus ou sejamos carecas, é impossível ficar calado.

“Só os superficiais nos julgam pelas aparências"(Oscar Wilde)
jbp©

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